Felipe Neto no programa ‘Roda Viva’: veja principais destaques da entrevista

Felipe Neto. Foto: Reprodução

Felipe Neto. Foto: Reprodução

O youtube Felipe Neto foi o entrevistado da noite desta segunda-feira (18) do programa “Roda Viva”, da TV Cultura. De sua casa, o influenciador respondeu perguntas da jornalista e âncora Vera Magalhães e dos entrevistadores Maria Claudia Almeida, head de comunicação do Twitter; Rachel Sheherazade, âncora do telejornal SBT Brasil; a jornalista e escritora Mariliz Pereira Jorge; Edgard Piccoli, apresentador e radialista; e Carol Pires, correspondente do NYT e colunista da revista Época. Felipe falou sobre impeachment da presidente Dilma Rousseff, que chamou de “golpe”; se posicionou contra o presidente Jair Bolsonaro e o prefeito Marcelo Crivella; contou sobre seu tratamento contra a depressão; sobre as ameaças que ele e sua família sofrem; entre outros assuntos. Veja abaixo os destaques:

Pazes com Rachel Sheherazade:

“Já fui um hater de Rachel. Já escrevi texto no Facebook contra ela. Rachel tem uma presença tão importante na imprensa e nas redes sociais. Estou com orgulho de ter você me entrevistando”.

Impeachment de Dilma:

“Faço mea culpa sem problema algum. Um defeito que eu não tenho é o de teimosia. Errei muito no passado, aprendi muito desses erros. Não sou adorador de um projeto petista, mas no momento do impeachment a minha colaboração, embora não fosse comparável ao alcance de hoje, sem dúvida foi utilizada a maneira errada, equivocada, por falta de leitura, estudo. Passei os últimos 4 anos tentando corrigir esse erro e usando minha força pra afastar essa opressão que vemos hoje”.

Bolsonaro e atos antidemocráticos:

“A discussão hoje não é politica, é sobre liberdade, sobre o opressão. Quando a gente vê um presidente mandar um jornalista calar a boca, não é uma questão de lado. A gente não pode validar a opressão, o fascismo. É um assunto extremamente radical. Qualquer pessoa hoje sabe que a Covid é uma ameaça. E aí Bolsonaro é uma ameaça. Basta ler o mínimo”.

“Não podemos simplesmente olhar o que tá acontecendo, toda a violência, tentativa de calar a democracia, e ser tolerante. Não podemos falar que é um lado. A gente não pode validar esse tipo de lado. O lado existia quando a gente estava debatendo PT, PSDB…”.

“A gente tem um cenário onde a equipe de comunicação do presidente não tá preocupada com plano de governo, tá preocupada em inflamar. O governo brasileiro vive da produção do medo e do caos. E nisso grande parcela da população brasileira se identifica, muitas vezes por falta de informação”.

“Quando você tem esse cenário o silêncio não é mais uma opção”.

Posicionamentos:

“Na minha opinião eu acho que a gente precisa continuar apontando erros porque eu não teria evoluído, eu não teria crescido, e estou num processo de, não estou dizendo que sou amadurecido nem crescido, mas não estaria em meu processo se não tivesse ouvido muito do que ouvi. Então, por mais duro que tenha sido, por pior que tenha sido para minha saúde mental, se ninguém tivesse me falado nada, talvez eu estivesse cometendo meus erros até hoje”.

“Costumo a traçar meus limites entre o Ciro e o Amoêdo”.

“Não houve um gatilho. Acho que a minha participação dentro desse cenário sempre existiu. Mas eu sempre encarei meu canal como fonte de diversão. Levei esse debate para o Twitter. No Youtube eu sou uma mistura de apresentador, ator e comunicador. Dentro YouTube eu estou criando conteúdo como pessoa e empresa. Já no Twitter, não. É uma rede social de opinião, onde eu coloco para fora o que penso”.

Intolerância:

“Quando eu falo de não ter tolerância com os intolerantes, que seria o paradoxo da tolerância, é algo que acredito muito. A gente não pode olhar toda a violência, opressão, tentativa de silenciar a imprensa, de calar a democracia… A gente não pode olhar tudo isso e ser intolerante. A gente não pode validar esse tipo de lado”.

Redes sociais:

“Vão ter pessoas xingando (na internet) sua décima quinta geração e pessoas te amando até a décima quinta geração. Criou-se uma bolha de dizer: ‘Nós precisamos preservar os sentimentos das pessoas’. Há muita verdade nisso, é obvio que precisamos, mas não podemos utilizar isso como desculpa para: ‘Precisamos ficar calados quando alguém comete um erro'”.

BBB

“O BBB, por incrível que pareça. O BBB 20 serviu para a gente ver muito disso na prática. O quanto as pessoas começam a classificar qualquer critica de comportamento no você não pode falar isso porque vai ter consequências na vida da pessoa. A gente precisa entender até onde vai essa crítica, até onde vai a consequência desse erro, esse é um diálogo que precisa ser feito”.

“Dentro do BBB cometi erros em momentos de entusiasmos, na hora que a Gizelly foi eliminada eu gritei que o bem venceu o mal. Que bobagem de ser dita, que coisa estúpida de ser dita”.

“Neguei ‘A Fazenda’ e não tenho como participar de um BBB em vários sentidos. Até tuitei que esse BBB20 foi tão interessante, eu não assistia há muitos anos, acho que desde a edição 4 ou 5. Achei tão legal assistir que disse que senti até vontade de estar lá. Mas isso era uma situação utópica, não tem a mínima condição, até porque eu teria que parar meu trabalho durante três meses. A quantidade de dinheiro que teria investir para participar do BBB… não tem qualquer lógica que justifique”.

Depressão:

“A gente precisa tirar a depressão do armário. É uma coisa que repito em vídeos e falo, principalmente para o público mais jovem, a depressão é o mal do século, ela vai se tornar, ao que tudo indica, não sou nenhum médico, a doença que mais causa mortes no planeta terra, e sim, essa causa é o suicídio. Infelizmente a gente tem números crescentes, alarmantes de suicídio não só no Brasil, mas no mundo inteiro, e o pior, de suicídio entre jovens”.

“Muitas vezes o grande problema da depressão é porque as pessoas não falam, elas sentem vergonha da depressão. A gente precisa tirar a depressão do armário, a gente precisa fazer as pessoas pararem de ter medo de falar: ‘eu me sinto depressivo, eu preciso de ajuda’. Porque, se você não pede ajuda, se você não pede a mão de alguém, você tende a caminhar para o lado mais trágico dessa doença. É uma doença mental, é uma doença. Quanto menos se fala sobre uma doença, mas trágica ela pode se tornar”.

Programa ‘Roda Viva’ na íntegra:
















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