Ex diz que padrasto de Henry teria afundado cabeça da filha em piscina

Henri Borel Medeiros. Foto: Reprodução de Internet

Henry Borel Medeiros. Foto: Reprodução

A ex-namorada do médico e vereador do Rio Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, contou ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que a filha, à época com 4 anos, teve a “cabeça afundada por ele em uma piscina”.

Em depoimento nesta semana, a mulher disse que a menina “ficava nervosa, chorava e até vomitava ao vê-lo”. A criança chegou a contar para a avó materna que apanhava do parlamentar.

Essa denúncia, enviada pela ex-namorada para o pai de Henry Borel Medeiros, dez dias depois da morte do menino, pelas rede sociais, será investigada pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), no Centro do Rio.

De acordo com o jornal “O Globo”, no depoimento prestado pela mulher de 31 anos, ela contou que conheceu Dr. Jairinho em 2010, na festa de comemoração pela eleição do pai, o policial militar e deputado estadual Jairo de Souza Santos, o Coronel Jairo (MDB), e logo depois eles teriam ficado noivos.

Na ocasião, o vereador era oficialmente casado com a dentista Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois dos seus três filhos — fato que era negado pelo político e familiares, segundo ela.

Ainda na 16ª DP, a mulher contou que, em determinado momento, a filha não queria mais ficar com ela quando estava em companhia do vereador do Rio. A menina chorava e pedia para dormir com a avó materna.

A testemunha disse ainda aos policiais que, em uma ocasião em que viajou com Dr. Jairinho e a filha, ele lhe ofereceu remédios para dormir, mas ela colocou o comprimido embaixo do travesseiro. Ao chegar à sala do apartamento, em Mangaratiba, disse ter encontrado o vereador segurando a menina pelos braços. Ela relatou ainda um episódio em que, depois de uma discussão, decidiu voltar para a casa a pé e foi alcançada pelo vereador de carro. Segundo relato dela, Jairinho pegou a criança pela cintura e a colocou no veículo.

O advogado André França Barreto, que defende Monique e o parlamentar, afirmou que a mulher que prestou depoimento na 16ª DP perseguia o vereador.

Entenda o caso

O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.

Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.

Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo registro policial registrado pelo pai da criança.

De acordo com o laudo do exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.

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