Ex-assessor de Flávio Bolsonaro recebia salário da Alerj enquanto estava fora do país

Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução

Um outro ex-funcionário do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) está sob suspeitas de irregularidades. Desta vez, o tenente-coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro Wellington Servulo Romano da Silva é apontado de receber salário da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) enquanto teria passado 248 dias em Portugal e longe do trabalho. A denúncia foi realizada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na última quarta-feira (12).

Pela apuração do JN, Servulo Romano da Silva foi nomeado para trabalhar como assessor de Flávio Bolsonaro em 2015. Na época, o parlamentar ainda fazia parte do partido político PP.

Em 24 de abril daquele ano, Servulo teria viajado a Portugal — viagem ocorreu nove dias após sua nomeação. O então novo funcionário de Flavio teria ficado 44 dias no país europeu. Durante esse período, ele recebeu o salário e gratificações da Alerj, que somam um total de R$ 5,4 mil.

Ainda em 2015, o oficial da PM teria realizado outras quatro viagens para Portugal; que somam 119 dias fora do Brasil em 2015. Já em 2016, ele teria viajado no dia 9 de março e retornado no dia 8 de abril. Enquanto estava fora do Brasil, Servulo foi dispensado do trabalho. O documento oficializa a dispensa no dia 1º de abril.

No entanto, ele retornaria a trabalhar com Flávio Bolsonaro em 18 de maio. Dois dias depois, o oficial viajaria novamente a Portugal, onde passou 15 dias. Uma outra viagem de 45 dias foi realizada naquele ano, em 15 de julho. Servulo Romano da Silva foi dispensado mais uma vez de seu cargo no dia 1º de setembro de 2016. Ele não voltou a trabalhar com Flávio Bolsonaro.

Ao todo, Servulo passou 248 dias afastado do país e de suas atribuições na Alerj.

Procurado pela esquipe do telejornal, o parlamentar negou que o oficial da PM morasse em Portugal enquanto trabalhava para ele na Alerj. De acordo com Flávio, a família do policial tem cidadania portuguesa e se mudou para aquele país. O deputado estadual acrescentou que Servulo apenas possuía o hábito de visitar os familiares esporadicamente.

Oficial é citado em relatório

O nome de Servulo Romano da Silva aparece relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). De acordo com o órgão, ele é um dos assessores e ex-assessores que depositavam na conta do ex-motorista de Flávio Bolsonaro, Fabrício de Queiroz. Cerca de R$ 1,2 milhão foram movimentados na conta de Fabrício.

Comentários

 




    gl