Especial, Golpe de 64: Vera Silvia e o sadismo na tortura; numa sexta-feira Santa, como se fosse Jesus Cristo

Especial, Golpe de 64. Arte: SRzd

Neste 31 de março de 2023, o Brasil completa 59 anos de distância de uma das datas mais importantes de sua história.

Foi num 31 de março, em 1964, que o presidente João Goulart foi deposto do cargo e o poder tomado pelos militares. Como consequência do golpe, implantou-
se no país a Ditadura Militar, que se estendeu por 21 anos, até a redemocratização, em 1985.

Nestas mais de duas décadas, através dos Atos Institucionais, os cinco presidentes militares nomeados que governaram o Brasil, promoveram o fechamento de
instituições de Estado, a censura, a prisão e a tortura de opositores do regime.

O SRzd relembra alguns fatos relacionados ao golpe e ao que ficou conhecido como “Anos de Chumbo”.

Vera Silvia e o sadismo na tortura; numa sexta-feira Santa, como se fosse Jesus Cristo

Vera Sílvia Araújo de Magalhães (1948 – 2007) era economista e socióloga, e foi militante da Dissidência Comunista da Guanabara e do MR-8.

Passou para a história como uma das mais famosas guerrilheiras do Brasil durante a ditadura militar. Foi a única mulher a participar do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969. Presa em 1970, foi torturada nas dependências do DOI-CODI do Rio de Janeiro, num quartel da Polícia do Exército, na Rua Barão de Mesquita, no bairro da Tijuca.

Pendurada em pau de arara, respondeu aos torturadores quando lhe perguntaram sua profissão: “Minha profissão é ser guerrilheira”. Nas mãos do exército e da polícia, por três meses, passou por choques elétricos, espancamento, simulação de execução, queimaduras, isolamento completo em ambientes gelados e tortura psicológica.

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