Epidemiologista diz que casos de Ômicron devem cair em semanas no Rio

Pedro Hallal. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Pedro Hallal. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O epidemiologista Pedro Hallal, responsável pelo Epicovid, maior estudo de Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, acredita que o número diário de novos casos de contaminação da doença caia bastante até o final de fevereiro.

“Essa explosão de casos, observada na cidade do Rio, é similar ao que vem se observando em todos os lugares do mundo (…) Todos os modelos estatísticos preveem que esta onda não vá demorar muito tempo. Então, provavelmente, dentro de algumas semanas esta onda da Ômicron também esteja encerrada”, disse o
especialista em entrevista para o jornal “RJTV” da TV Globo.

A previsão otimista do epidemiologista e professor, Pedro Hallal, com base em dados da pandemia em outros países, chega em um momento de muita apreensão no Rio de Janeiro.

O cenário atual mostra a alta velocidade de proliferação da variante Ômicron no estado e as consequências da explosão do número de novos casos da Covid-19 no sistema de saúde. As cirurgias eletivas nas unidades de saúde do estado e nos 92 municípios do Rio de Janeiro foram canceladas pelos próximos 30 dias.

Na sexta-feira (14), o estado do Rio de Janeiro registrou 16 mil novos casos conhecidos de Covid-19, em mais um recorde consecutivo. O número de mortes foi de 14 pessoas.

Disseminação da variante Ômicron

O avanço dos casos no estado do Rio, como em todo o país, é atribuído à disseminação da variante Ômicron. Especialistas apontam que ela é mais transmissível.

Diante do alto número de contaminados, incluindo médicos, sistemas de saúde em países europeus onde a Ômicron já vinha se alastrando desde novembro enfrentam dificuldades.

Na Espanha, Reino Unido e Itália, os hospitais estão sobrecarregados. Nos Estados Unidos, recordes de hospitalização também têm sido registrados, superando números de janeiro do ano passado.

No entanto, especialistas têm apontado que, proporcionalmente, o volume de infectados que precisam de hospitalização tem sido inferior ao registrado nas ondas anteriores.

Há consenso na comunidade científica de que a vacinação tem contribuído significativamente para impedir casos graves. Uma pesquisa da Universidade de Cambridge, divulgada há duas semanas, apontou que a chance de evitar uma internação é 81% maior para quem tem pelo menos duas doses da vacina.

Números no Brasil

O Brasil registrou 251 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a 620.796 vidas perdidas para a doença. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta sexta-feira (14).

Nas últimas 24 horas, 112.286 novos casos positivos para o novo Coronavírus foram registrados no Brasil. Ao todo, 22.927.203 brasileiros já foram infectados pelo vírus.

Em relação aos casos confirmados de Covid-19, São Paulo lidera com mais de 4,4 milhões de casos. Minas Gerais, com 2,2 milhões, e Paraná, com 1,6 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de Covid-19 é o Acre (89.529), seguido por Amapá (128.571) e Roraima (132.113).

Nesta sexta, o país registrou média móvel de óbitos de 139; na quinta, essa taxa era de 129. Já a média móvel de casos está em 68.140.

Mundo

O Instituto Johns Hopkins contabiliza 322.242.878 casos de Covid-19 em todo o mundo e 5.526.246 mortes. Os Estados Unidos, França e Reino Unido são os países mais afetados pela doença no atual momento.

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