Enem: pedidos de correção chegam a 60 mil; ministro minimiza impacto

O número de pedidos para correção da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chegou a cerca de 60 mil. As solicitações podem ser ainda maiores, já que o prazo, estabelecido pelo instituto para questionar a correção, se encerrou às 10h desta segunda (20).

O prazo foi determinado e comunicado aos participantes na noite de domingo (19). O fato de um estudante ter pedido a recorreção não significa que haja, de fato, erro.

Segundo o governo, o problema na correção teria ocorrido por erro na identificação dos cartões de resposta dos candidatos e da respectiva cor das provas que fizeram. A falha teria ocorrido na impressora da gráfica Valid: os arquivos com essas informações foram repassadas ao Inep com divergências. Ou seja, o aluno fez a prova de uma cor, mas a nota foi corrigida como se fosse de outra.

Inicialmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) também havia dito que o problema teria ocorrido apenas na correção das provas do segundo dia, quando são feitas as avaliações de Ciências da Natureza e Matemática. No domingo (19), o instituto disse que analisava se a falha também teria ocorrido nas provas do primeiro dia, quando os candidatos respondem as questões de Ciências Humanas e Linguagens, além da redação.

A falha teria ocorrido em quatro cidades brasileiras, principalmente em Minas Gerais. O Enem foi realizado em novembro do ano passado.

O método de correção e pontuação do Enem avalia a dificuldade das questões. As mais difíceis – com menor percentual de acertos, valem mais. Por isso, erros em uma parcela das provas podem acabar afetando um número maior de candidatos.

Ministro da Educação diz que impacto é “baixo”

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta segunda em entrevista à Rádio Gaúcha que cerca de 6 mil participantes foram afetados por erros na correção da prova.

“A gente já tem o número de pessoas e vai ser corrigido hoje à noite. Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que vão ser corrigidos. O impacto é baixo e não vai ter nenhum efeito para a maioria das pessoas”.

Abraham Weintraub. Foto: Gabriel Jabur/MEC
Abraham Weintraub. Foto: Gabriel Jabur/MEC

Segundo o chefe da pasta, a máquina “dava umas engasgadas” durante a impressão, o que gerou o descolamento da prova com o gabarito.

Weintraub disse que o erro foi identificado a partir de estatísticas do Inep, autarquia responsável pela produção e correção da prova. De acordo com ele, alguns candidatos apresentaram notas altas no primeiro dia e resultados baixos no segundo.

“Não faz sentido uma pessoa gabaritar no primeiro dia e no segundo ela tirar zero”, explicou.

Durante a entrevista, Weintraub descartou a possibilidade de adiar o prazo de abertura para participantes da edição anterior do Enem se inscreverem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Pelo cronograma, as inscrições começam nesta terça-feira (21) e terminam na sexta (24). O resultado está previsto para sair no dia 28 de janeiro.

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