Investigação leva a empresários envolvidos em suposto esquema de disparo de notícias falsas

Luciano Hang, da Havan. Foto: Divulgação/Twitter

Os empresários alvos de mandados de busca e apreensão pedidos pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira(27), suspeitos de financiar distribuição de fake news(notícias falsas), tem ligação direta com a família Bolsonaro. Hang é amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

O empresário Luciano Hang, 57 anos, bem atuante durante a campanha eleitoral e, principalmente, nos primeiros meses do novo governo, tornou-se em símbolo do bolsonarismo. Ele ficou conhecido por construir réplicas da estátua da Liberdade na porta de suas lojas de departamento Havan, cuja arquitetura é inspirada na Casa Branca, a sede do governo americano. E por pregar sua negação ao comunismo.

A estratégia de marketing implantada por ele fez sucesso e o levou a acumular uma fortuna que passou a chamar a atenção internacionalmente. Segundo a revista Forbes, ele alcançou a estratosférica cifra de mais de R$ 19 bilhões.

Em nota, Luciano Hang disse que tem a consciência tranquila de que jamais atentou contra os ministros do STF ou contra a instituição. “Nada tenho a esconder, uma vez que tudo o que falo está nas minhas redes sociais e é de conhecimento público.”

Dono da Smart Fit também está na mira da PF

Outro empresário que terá que se explicar para a polícia é Edgard Gomes Corona, 63 anos, também conhecido por suas posições conservadoras. Ele se apresenta como dono da maior rede de academias da América Latina, fundador da Bio Ritmo e Smart Fit, e com negócios no México, Chile e República Dominicana. Tem ainda empresas no ramo agropecuário e imobiliário, além da empresa Lokral Administração e Participações.

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro incluiu academias de ginástica no rol de atividades essenciais, para que sejam retiradas das proibições de abertura durante a pandemia de Covid-19. A medida teria sido pedida por Corona.