Empresa de Nelson Piquet recebe aditivo de mais de R$ 6 milhões do governo

Tricampeão mundial de automobilismo na década de 1980, o ex-piloto Nelson Piquet vai receber através da empresa que preside e é garoto-propaganda, um aditivo de R$ 6,6 milhões por um contrato assinado, sem licitação, com o Ministério da Agricultura.

O contrato em questão, segundo o jornalista Guilherme Amado do site “Metrópoles”, foi firmado em 2019 com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Autotrac para fornecimento de equipamentos para manutenção do sistema de comunicação de dados e controle das estações meteorológicas.

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O valor inicial do acordo foi de R$ 3,5 milhões. Em dezembro de 2020, foi concedido pelo governo um termo aditivo que, hoje, faz com que o montante chegue a exatos R$ 6.683.791,80. Ainda segundo a publicação, a Autotrac deve atualmente à União R$ 6,3 mil em impostos e tem previsão de receber novos aditivos.

Nelson Piquet, que até o momento não se posicionou sobre o assunto, coleciona opiniões e comentários polêmicos sobre o que acontece fora das pistas nos últimos anos. Seu posicionamento político também se tornou motivo de críticas nas redes sociais.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, o ex-piloto já declarou que é “Bolsonaro até morrer”. No dia 7 de setembro de 2021, ele foi motorista de Bolsonaro por um dia ao dirigir o Rolls-Royce presidencial na chegada do mandatário da República à cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional.

Justiça procura Piquet

A Justiça tenta localizar Nelson Piquet para notificá-lo da existência de um processo em que é acusado de racismo e homofobia contra o heptacampeão inglês Lewis Hamilton. Apenas depois de citado é que se abrirá prazo de 15 dias para ele apresente uma eventual contestação.

Em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira no ano passado, o ex-piloto usou o termo racista e chamou Hamilton de “neguinho”. O vídeo voltou a circular nas redes sociais e viralizou em junho de 2022.