Emissoras teriam negociado apoio a Michel Temer em troca de punição à televisão por assinatura

Michel Temer e Moreira Franco. Foto: Reprodução de Internet

Michel Temer e Moreira Franco. Foto: Reprodução de Internet

O ministro Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, negociou com executivos da “Record”, “SBT” e “RedeTV” apoio ao presidente Michel Temer em troca de uma punição às operadoras de televisão por assinatura, segundo denúncia feita pelo jornalista Samuel Possebom, do site “Teletime”.

Os executivos dos três canais ofereceram cobertura favorável ao governo federal e apoio no Congresso Nacional desde que os técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações mudem de opinião e emitam pareceres favoráveis ao ressarcimento de dinheiro aos assinantes que deixaram de receber das redes via cabo ou satélite, em São Paulo e Brasília, no final de março.

Os três grandes canais de televisão fariam cobertura favorável ao governo se a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mudasse seus pareceres e deixasse de apoiar o ressarcimento de dinheiro aos assinantes que deixaram de receber as três redes via cabo ou satélite, em São Paulo e Brasília, no final de março.

A agenda do presidente da Anatel Juarez Quadros registra uma reunião com o ministro no dia 24 de maio, entre 10h e 10h30, e a agenda de Moreira Franco apresenta um encontro com o ministro Gilberto Kassab no mesmo dia, a partir das 10h30.

O encontro entre as emissoras congregadas no Simba, empresa que as redes criaram no ano passado para negociar seus sinais digitais com as operadoras de TV por assinatura, e Moreira Franco, não aparece na agenda, mas teria acontecido no dia 23 de maio.

A pressão política, segundo relatos na Anatel, teria transbordado para a área técnica da agência. Desde que as emissoras de televisão determinaram o fim do carregamento dos sinais nas cidades de São Paulo e Brasília, no final de março, a agência oficiou as operadoras de TV paga por conta da ausência de notificação prévia aos assinantes. A regulamentação pede 30 dias. Desde então o assunto está em debate dentro da agência.

Nesta quinta-feira (8), o Ministério da Justiça divulgou que instaurou processos administrativos contra Sky, Net, Claro TV e Oi para “apurar possíveis ofensas aos direitos dos consumidores” pela supressão dos sinais das três redes.

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