Em resposta à Defesa, TSE diz que vai conduzir eleições com ‘paz e segurança’
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro Edson Fachin, divulgou uma nota à imprensa dizendo que analisará os pedidos feitos pelos militares.
No texto, a corte eleitoral reafirmou a segurança dos equipamentos usados na votação e disse estar trabalhando “de forma incessante para garantir eleições limpas, justas e seguras”. O TSE afirmou nesta sexta-feira (10) que preza “pelo diálogo institucional que prestigie os valores republicanos e a legalidade constitucional” e que “todas as contribuições serão bem-vinda”.
O Ministério da Defesa, comandado por Paulo Sergio Nogueira, enviou ao TSE um comunicado e disse que as Forças Armadas “não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a Comissão de Transparência”. “A todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores”, disse a pasta no documento.
De acordo com o tribunal, o modelo 2020 da urna eletrônica conta com módulo criptográfico com certificação do ICP-Brasil, “o que significa que a urna possui características de segurança superiores ao estabelecido pelo Manual de Condutas Técnicas definido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), o qual define os requisitos mínimos para um dispositivo criptográfico”.
“Para tal certificação, conforme regras definidas pelo ITI, a nova urna foi submetida um laboratório credenciado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, depois, certificada pela entidade NCC Certificações. Em tal avaliação foram verificados os circuitos, códigos-fonte e demais características do dispositivo de segurança da urna. Tudo isso demonstra que o novo modelo é ainda mais seguro do que os anteriores”, disse.
+ Em reunião com Biden, Bolsonaro diz que deixará governo de forma democrática
A nota Defesa se alinhou com o discurso do presidente Jair Bolsonaro no sentido de colocar em dúvida o processo eleitoral brasileiro, o que é visto pela oposição ao governo e por setores progressistas da sociedade como uma tentativa de golpe caso ele seja derrotado nas eleições de outubro.
Bolsonaro tem defendido a atuação das Forças Armadas na checagem do resultado das eleições. Em maio, o TSE concluiu testes em urnas eletrônicas e informou que investigadores não conseguiram alterar voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral.
Leia também:
+ Cresce golpe do emprego falso; saiba como fugir dos criminosos
+ Anvisa orienta hospitais sobre casos de varíola dos macacos
Comentários