Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter feito um passeio pelo comércio de Brasília em meio ao surto do novo Coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou que sejam mantidas as recomendações dadas pelos estados e defendeu o “máximo grau de isolamento social”.
A afirmação do ministro contraria o discurso que tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que não tem poupado críticas duras aos Estados, por causa de suas quarentenas.
“Tenho dialogado com os secretários municipais e estaduais dentro do que é técnico, dentro do que é científico, dentro do planejamento. O que (conversamos) é o que a gente precisa ter na saúde nesta semana, e nas outras semanas, para que a gente possa imaginar qualquer tipo de movimentação que não seja esta que a gente está”, disse Mandetta.
Mandetta também afirmou: “No momento, a gente deve manter o máximo grau de distanciamento social, para que a gente possa, nas regras que estão nos estados, dar tempo para que o sistema [de saúde] se consolide na sua expansão”.
O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (30), que o Brasil teve o dia com mais registros de mortes pelo novo Coronavírus desde o início da pandemia em território nacional.
O balanço divulgado mostra 23 mortes nas últimas 24 horas, chegando ao número de 159 óbitos no total – antes, o recorde diário era de 22 mortes, o que ocorreu tanto no sábado, como no domingo (29).
Em 24 horas, foram 323 novos casos confirmados, somando agora 4.579. A região Sudeste segue concentrando o maior número de casos confirmados, com 2.507 – ou 55% do total no País. O Nordeste tem 17%, com 790 casos, seguido por Sul (13% – 593 casos), Centro-Oeste (9% – 435 casos) e Nordeste (6% – 254 casos).
Segundo o ministério, esta é a terceira queda consecutiva no balanço diário de novos casos confirmados. No domingo, 353 novos casos haviam sido detectados, ante 487 no sábado e 502 na sexta-feira.
São Paulo segue como o Estado com maior número de casos da doença no Brasil, 1.517, avanço de 4,5% em relação ao dia anterior. O Estado possui ainda 113 mortes provocadas pelo Covid-19. Na sequência, vem o Rio de Janeiro, com 657 casos e 18 óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, 14 Estados e o Distrito Federal já contabilizaram mortes por causa da doença.
Em outro momento, o ministro declarou que “distanciamento social não quer dizer isolamento absoluto”. “Não estamos ainda em lockdown absoluto”, disse, referindo-se ao termo em inglês para a paralisação total do fluxo de pessoas (com exceções).
O ministro disse mais de uma vez que a pandemia não é um problema que diz respeito apenas ao seu ministério: “Essa briga não é [somente] da Saúde.”
“Temos uma onda na Saúde e temos uma onda na Economia. Parece que é consenso de todos que fazer um lockdown absoluto não é, neste momento, o que a gente está precisando, porque vai ter muito problema lá na frente”, afirmou.
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