Eduardo Leite chama Bolsonaro de ‘imbecil’, mas defende voto nele em 2018: ‘PT era ruim’

Eduardo Leite, governador do RS, fala sobre homossexualidade em entrevista a Bial. Foto: Reprodução de TV

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB, respondeu às agressões do presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, publicada neste sábado (3). De acordo com ele, “o presidente é um imbecil”. O tucano, no entanto, tentou justificar seu voto no “imbecil”, em 2018, afirmando que a outra opção, o PT, era muito ruim.

Em conversa com apoiadores na manhã desta sexta-feira (2), Jair Bolsonaro ironizou a atitude do governador gaúcho, que em entrevista ao programa de Pedro Bial, na “Rede Globo”, assumiu ser é gay.

Além de dizer que “o presidente é um imbecil”, o governador perguntou: “onde está a tentativa de imposição de qualquer coisa para qualquer pessoa? Uma declaração sobre a minha orientação sexual. Não resta outra coisa a dizer senão que o presidente é um imbecil”, reiterou.

Sobre o voto em Bolsonaro, em 2018, Leite lembrou não ter declarado apoio a ele. “Apoio é pedir votos, é fazer campanha junto, isso eu não fiz. Eu declarei o voto, com uma crítica contundente, num vídeo que está na internet”, disse.

Eduardo afirmou ainda ser “claro que a eleição do Bolsonaro foi um erro. Um erro que cometemos eu e milhões de brasileiros, mas que se deu em função de no outro lado haver um partido que errou na corrupção, errou na condução da economia. Estávamos diante de uma situação de escolher entre dois caminhos. Erramos. Mas não é sobre discutir erros do passado, é sobre construir caminhos para o futuro. Esse é o ponto objetivo para o Brasil”.

“A eleição do segundo turno é uma eleição de rejeição, você escolhe o que você não quer. A candidatura do Bolsonaro não tinha nenhuma expectativa que pudesse significar alguma coisa positiva, como eu esperava que fosse um governo, mas diante da outra alternativa, o PT voltar ao poder, parecia naquele instante algo muito ruim”, disse.

Já sobre o fato de se apresentar como uma terceira via a Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lideram as pesquisas para a Presidência em 2022, Leite justificou que foi conduzido a isso pelos deputados do seu partido.

“Não foi um movimento que eu tenha feito. Fui provocado por parlamentares do PSDB para que me apresentasse nas prévias e me sinto em condições de dar colaboração a partir da nossa experiência na gestão do Rio Grande do Sul, enfrentando dificuldades, mas equilibrando as contas do estado, abrindo espaço para investimentos”, explicou.

Perguntado ainda se, por acaso se confirmar o segundo turno entre Lula e Bolsonaro, quem ele rejeitaria, Leite ficou no muro: “Nós trabalharemos para que esse segundo turno não aconteça, até o último momento. Se acontecer, discutiremos lá na frente, mas confio que não acontecerá”.

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