Eduardo Bolsonaro admite que educação no Brasil está péssima, mas culpa Paulo Freire

18/09/2021 às 16h25 - Por Redação SRzd

Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O deputado Federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro (PSL), admitiu, neste sábado (18), que a educação no Brasil é de “péssima qualidade”.

Mas mesmo com quase três anos de gestão de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), colocou a culpa no educador Paulo Freire, que morreu há quase 25 anos.

Ele reclama de uma decisão da Justiça que proíbe o governo Bolsonaro de “atentar contra a dignidade” do patrono da Educação no país, reconhecido mundialmente pelo êxito de sua filosofia no segmento:

A juíza Geraldini Vital, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, proibiu, na última quinta-feira (16), o governo Federal de “atentar contra a dignidade” do patrono da educação brasileira. De acordo com a magistrada, a Constituição garante a todos o direito à livre manifestação de pensamento. No entanto, afirma, esse direito tem limite: “Quando há abuso de direito pela expressão que ameaça a dignidade, tem-se violação capaz de liquidar a finalidade da garantia constitucional, desfigurando-a”, escreve Vital.

Educação do país de péssima qualidade e não se pode nem criticar o patrono desta bagunça? Isso não é justiça, é militância doentia.
Nunca foi tão difícil fazer o certo e consertar o Brasil. Mas nós somos chatos e estamos certos, então vamos adiante. pic.twitter.com/gqiai6hbRm
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 18, 2021

Durante a gestão atual foram, até aqui, três os ministro da Educação; Ricardo Vélez, que ficou pouco mais de três meses no cargo, negou o Golpe de 1964 e afirmou que a universidade deveria ser restrita para uma elite. Seu sucessor foi Abraham Weintraub. Este afirmou que, por ele, prenderia todos os ministros do Supremo Tribunal Federal. Desde julho de 2020, Milton Ribeiro responde pelo ministério. Recentemente, envolveu-se em polêmica ao propor que “deficientes atrapalham aprendizado” e que a “universidade é para poucos”.