Reserva financeira de emergência: qual a importância de ter a sua?

Economia. Foto: Reprodução/Facebook

A crise no país que veio com a pandemia do novo coronavírus pegou muita gente de surpresa. Muitos brasileiros perderam o emprego, outros tiveram o salário reduzido, empresários tiveram que fechar as portas e muitos profissionais autônomos tiveram diminuição da renda. Tudo ficou diferente e, para alguns, a situação financeira muito pior. É justamente nesses momentos de crise que a existência de uma reserva de emergência é fundamental para cobrir custos inesperados e não passar tanto sufoco.

“A reserva de emergência é um dinheiro guardado para imprevistos. Em média, é o valor de 6 a 12 meses do custo de vida. Então, se uma pessoa tem o perfil mais conservador e quer ter uma reserva para 12 meses e tem um custo mensal de R$ 5 mil, ela precisa ter guardado R$ 60 mil reais”, diz Laura Bartelle, especialista em investimentos e sócia da 051 Capital.

É importante lembrar que esse tipo de investimento possui três variáveis: risco, retorno e liquidez. Quem quer ter segurança de ter a reserva de emergência para uso em qualquer momento, precisa investir de forma segura e com menos risco. Por isso, nada adianta comprar ações e querer ganhar. “Quanto maior a previsibilidade, menor o risco. A segurança é o mais importante nesse caso”, comenta.

Em um cenário de juros baixos e Selic a 2% ao ano, pode até ser desanimador investir em renda fixa, mas a reserva de emergência prioriza a segurança e não os ganhos. Quanto mais seguro um investimento, menor a sua rentabilidade. A função da reserva de emergência é justamente essa: usar o dinheiro com tranquilidade e quando quiser.

É válido também buscar uma forma de investir com liquidez imediata. A poupança, por exemplo, tem liquidez diária, afinal é possível fazer saques todos os dias, mas, por outro lado, o saque com rentabilidade só pode ser feito 30 dias depois do valor investido. “Se eu investi no dia 1 de maio, só vou ter rentabilidade se resgatar no dia 1 de junho. Se sacar antes, perco o ganho. Há outras formas de investir com liquidez melhor e mais rentabilidade”, comenta Laura.

Uma das formas, segundo a especialista, é o Tesouro Selic, que atua em D+1, ou seja, é possível sacar no dia seguinte ao investimento. O Tesouro Selic é um título da dívida pública emitido pelo Governo Federal por meio do Tesouro Direto. Por meio dele, o investidor empresta dinheiro ao poder público e recebe de volta com juros. Outra opção de investimento seguro são os Fundos Trend com liquidez D+0, que permite o saque a qualquer hora.












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