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Pesadelo: Preço da cesta básica dispara e famílias começam a pular uma refeição

A alta dos preços nos supermercados voltou a assombrar as famílias brasileiras. Dos 13 itens que compõem a cesta básica nacional, 12 ficaram mais caros no acumulado dos últimos 12 meses e levaram a cesta a custar mais de meio salário mínimo, em boa parte do país.

Um dos itens da cesta, o tomate, é vendido hoje por um valor 117% mais alto do que em abril do ano passado, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, o IPCA-15, prévia da inflação oficial.

O dado também apontou que a inflação de abril foi de 1,73%, a maior para o mês desde 1995 e a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003, quando alcançou 2,19%.

O grupo de alimentos e bebidas foi o que mais teve alta de preços nos 12 meses até abril. Dos 50 maiores aumentos, cinco são de itens considerados básicos para a sobrevivência.

O preço da cesta básica muda em cada estado. Na cidade de São Paulo, a capital mais cara do Brasil, ela custa R$ 761,19, valor equivalente a mais da metade do salário mínimo.

A pressão dos preços sobre itens da cesta básica acaba diminuindo o poder de compra dos brasileiros e fazendo com que as famílias gastem uma parte muito maior de suas rendas apenas com alimentação, segundo Patrícia Campos, supervisora da área de preços do Dieese.

“Temos uma economia que não cresceu, mercado de trabalho precarizado e renda das famílias caindo. Nesse contexto, o aumento dos bens básicos é extremamente perverso”, diz Campos.

“Impacta as famílias de baixa renda, que estão até dormindo mais cedo para pular uma refeição. Se pensarmos que uma pessoa que ganha R$ 1.212 (salário mínimo) gasta R$ 700 para comprar a cesta, R$ 150 para luz e R$ 150 para gás, não sobra nada”, avalia.

“A política adotada é o aumento da taxa de juros, mas ela não trata a inflação na sua causa porque a economia brasileira está parada. O outro lado dessa perversidade é que o Brasil produz petróleo e comida, mas é aqui dentro que essa inflação está alta. Está tratando com um remédio amargo para a população inteira de modo que não gera emprego, gera postos precários, mas o problema não está aí, o problema é que a economia não cresce”, detalhou Patrícia.

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Redação SRzd

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