Doria cita segunda onda da Covid-19 e prevê 9 milhões de vacinados até março

João Doria. Foto: Governo de São Paulo

O estado de São Paulo prevê vacinar 9 milhões de pessoas até 28 de março, na primeira fase do programa estadual de imunização. De acordo com o governador João Doria, em reunião com prefeitos eleitos, serão disponibilizadas 18 milhões de doses da Coronavac a partir de 25 de janeiro.

Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, além dos 5.200 postos de vacinação já existentes nas cidades do estado, esse número deve ser ampliado para 10 mil com a utilização de escolas, quartéis da PM, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias e sistema drive-thru, de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, e de 7h às 17h aos sábados, domingos e feriados.

Para cada pessoa, são necessárias duas doses do imunizante contra a Covid-19, feito pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac. As primeiras doses serão aplicadas em trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas. Em seguida, idosos com 75 anos ou mais. A primeira fase, que tem duração de nove semanas, contemplará todos acima de 60 anos.

“Para que esse plano sirva ao país como exemplo de proteção à vida, nós precisamos de cada um de vocês, de cada um dos municípios, do apoio que vocês já deram em outras campanhas. Mas esta é uma campanha diferente, é uma campanha em que nós estamos no meio de uma das maiores crises sanitárias já vistas e vividas”, destacou o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, na reunião.

Jean Gorinchteyn e João Doria. Foto: Governo de São Paulo
Jean Gorinchteyn e João Doria. Foto: Governo de São Paulo

Para o secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, essa é a principal política econômica do estado. “Vacinação é a principal política de geração de emprego e crescimento da economia em 2021. Não só salva vidas, mas, mais do que isso, vai permitir crescimento econômico”, ressaltou.

Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a CoronaVac ainda precisa ter a eficácia comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A previsão do governo de São Paulo é a de que os documentos sejam entregues à Anvisa nesta quinta-feira (7), quando também devem ser divulgados os resultados dos testes feitos no país.

Doria rebate Bolsonaro

O governador de São Paulo aproveitou para polarizar com Jair Bolsonaro. O tucano também criticou a fala do presidente de que “o Brasil está quebrado”.

Reunião de João Doria com prefeitos. Foto: Governo de São Paulo
Reunião de João Doria com prefeitos. Foto: Governo de São Paulo

“São Paulo não quebra e tem solução. Ao contrário de um cidadão que declarou ontem que o Brasil está quebrado e não tem solução”, disse o tucano durante a reunião virtual realizada nesta quarta-feira (6).

Doria também declarou que o estado vive uma segunda onda de Covid-19 e o ano de 2021 será “mais difícil do que o esperado em outubro de 2020”.

Em sua fala, o governador cobrou a não banalização das mortes: “700 pessoas perdem a morte por Covid todo dia (no Brasil). São 4 aviões lotados todos os dias. Isso não é banal. É triste, trágico. Em São Paulo perdemos 100 vidas em um único dia. Isso não deve passar pela nossa visão, pela nossa leitura, imaginando que faz parte do cotidiano”.










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