Doria rebate Bolsonaro: ‘Não abriremos mão da F1 em São Paulo’

Desfiles da Uesp vão acontecer no Autódromo de Interlagos. Foto: Reprodução/TV Globo

Desfiles da Uesp vão acontecer no Autódromo de Interlagos. Foto: Reprodução/TV Globo

O governador de São Paulo, João Doria declarou que tanto ele quanto o prefeito da capital, Bruno Covas, irão “lutar” para a manutenção do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Brasil em São Paulo. A afirmação dada nesta sexta-feira (10) acontece após o presidente Jair Bolsonaro dizer que pretende levar a mais importante prova do automobilismo mundial para o Rio de Janeiro o GP já em 2020.

Na quarta-feira (8), Bolsonaro assinou um termo de cooperação com o governo do estado e a prefeitura da capital para as obras do Autódromo de Deodoro, que deverá ter capacidade para receber um público de 130 mil pessoas.

Imagem do projeto do novo autódromo do Rio. Foto: Divulgação
Imagem do projeto do novo autódromo do Rio. Foto: Divulgação

“Não abriremos mão da F1 em São Paulo. Respeitamos o direito do Rio de Janeiro, mas não me parece uma iniciativa viável economicamente, e suponho que haveria uma reação contrária dos pilotos, que entendem que Interlagos é um dos cinco melhores autódromos do mundo”, falou o tucano.

João Doria salientou que o contrato vigente, que prevê que o GP de 2020 ocorra ainda em São Paulo, prevê “multas pesadíssimas” em caso de descumprimento.

“Sem nenhum desdém ou colocação que não seja registrar a verdade. Eu já sobrevoei Deodoro [onde se pretende construir um autódromo no Rio] e não tem nada em Deodoro. Como se pode imaginar um investimento, planejar, executar, construir, com um orçamento que nem existe para 2020. Algo efetivamente não está ordenado neste processo. Lá não tem autódromo. Não é exatamente algo que possa ser registrado como uma proposta conclusiva”, questionou Doria.

O prefeito Bruno Covas destacou que o contrato de São Paulo com os patrocinadores da F1 vence ao término de 2020 e, desde o último circuito, iniciaram-se as negociações para a renovação do vínculo. Está previsto para acontecer em junho uma reunião em São Paulo com o CEO da empresa americana que administra o evento para acertar detalhes da renovação.

“Ficaríamos surpresos com uma não renovação. O que eu posso garantir é que, se tivéssemos algum problema, teríamos desmarcado a reunião. Em nenhum momento nos colocaram nenhum óbice ou impedimento para a renovação do contrato”, disse Covas que negou a existência de dívidas de São Paulo com os patrocinadores do evento, ressaltando que o contrato vigente não prevê nenhum tipo de pagamento por parte da Prefeitura, mas apenas investimentos no autódromo, que estão sendo cumpridos.

“Se quiser disputar conosco, tudo bem. Mas posso garantir que São Paulo tem mais chances de vencer”, completou Doria.

O Grande Prêmio do Brasil acontece anualmente de forma ininterrupta desde 1972. Interlagos chegará a sua 38ª edição em 17 de novembro deste ano. As outras dez corridas ocorreram no Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Rio de Janeiro. Também conhecido como Autódromo de Jacarepaguá, ele foi demolido em 2012 para dar lugar às instalações dos Jogos Olímpicos de 2016.

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