Doria nega falta de oxigênio em SP: ‘Não falta e não faltará’

Cilindros de oxigênio. Foto: Ministério da Saúde.

Nesta sexta-feira (31), o governador João Doria (PSDB) descartou a possibilidade de falta de oxigênio no Estado de São Paulo.

“O Governo do Estado de São Paulo adquiriu dois mil cilindros de oxigênio e começa a distribuição naqueles municípios que precisam, pois não possuem usinas de oxigênio e são unidades menores de atendimento de saúde”, afirmou.

“Oxigênio não falta e não faltará em São Paulo. Temos usinas e abastecimento. O que nós precisamos é de cilindros, para que esses cilindros possam chegar até a ponta”, completou em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (31).

A fala do tucano é em resposta ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, que enviou um ofício ao governo do estado alertando para a situação crítica no abastecimento de oxigênio em 120 municípios. Segundo o documento, essas cidades podem não ser capazes de atender a demanda crescente pelo insumo dos pacientes com Covid-19.

“Conforme levantamento realizado entre os dias 22 e 24 de março por este Conselho, ao menos 120 Municípios do Estado de São Paulo estão em situação considerada crítica no que concerne ao abastecimento de oxigênio gasoso para atendimento emergencial de usuários com suspeita, ou confirmados, de covid-19″, enfatiza o ofício.

O levantamento do Conselho aponta para a falta de cilindros de oxigênio e concentradores usados para aumentar a quantidade de oxigênio oferecida aos pacientes.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, o governo estadual tem atuado para garantir o abastecimento de cilindros de oxigênio aos pequenos municípios, que têm tido mais problemas em obter os recipientes.

“Foi criada uma força-tarefa, há dez dias, para que nós não só tivéssemos o oxigênio disponível para essas pequenas cidades que têm dificuldades para captar os cilindros, mas até por uma questão logística”, ressaltou.

Novas usinas

Na cidade de São Paulo, a Prefeitura entregou nesta quarta-feira a primeira de 19 usinas de oxigênio que serão instaladas na capital paulista. A unidade vai funcionar no Hospital Municipal Capela do Socorro, Zona Sul da cidade.

As outras unidades devem entrar em operação até o final de abril. Juntas elas terão capacidade de produzir 9 mil metros cúbicos de oxigênio por dia, o que equivale a 900 cilindros. O volume é suficiente para abastecer 596 leitos de enfermaria e 211 de unidades de tratamento intensivo (UTI).

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