Doria classifica situação de Manaus como ‘genocídio’ e culpa governo Bolsonaro

João Doria. Foto: Governo do Estado de São Paulo

João Doria. Foto: Governo do Estado de São Paulo

O governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou nesta sexta-feira (15), que vai enviar 40 respiradores desenvolvidos pela Universidade de São Paulo (USP) para o Estado do Amazonas.

“Encaminharemos imediatamente para o Amazonas 40 respiradores produzidos pela Universidade de São Paulo, demonstrando a capacidade tecnológica dessa grande universidade para o atendimento emergencial àqueles que estão sofrendo com a COVID-19. Já orientei o Secretário de Saúde a disponibilizar leitos nos hospitais públicos e gerenciar leitos em hospitais privados para pacientes que possam ser transportados até São Paulo para o atendimento prioritário”, disse Doria.

Durante a coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o tucano afirmou que as mortes relacionadas à Covid-19 que levou a rede de saúde de Manaus ao colapso são de responsabilidade do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

“Milhões de pessoas em todo o mundo assistiram a essas cenas de brasileiros morrendo por falta de oxigênio, pela incapacidade do governo federal de prever casos como este e agir com a necessária competência e agilidade para apoiar prefeituras e governos e não confrontá-los ou simplesmente dizer: ‘a culpa não é minha, é do governador ou do prefeito’. A culpa é sim do governo federal, da incompetência, da incapacidade, do fracasso de ter optado pelo negacionismo em relação a essa pandemia”, disse.

Mais tarde, durante entrevista coletiva, o governador voltou a atacar o presidente da República, classificando a situação na capital do Amazonas como genocídio.

“Li uma manifestação do presidente Jair Bolsonaro dizendo: ‘Fiz tudo o que estava ao meu alcance, o problema agora é do estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus’. Inacreditável. Inacreditável. Em outro país, isso talvez fosse classificado como genocídio. É um abandono aos brasileiros”, declarou.

“Está na hora de termos uma reação a isso. Da sociedade civil, dos brasileiros, da população do Brasil, da Imprensa, do Congresso Nacional, de quem puder ajudar. Ou vamos assistir a isso? Ou vamos assistir a isso por meses e achar que isso é normal, que faz parte e que a ideologia do negacionismo é aceitável?”, completou.










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