Dor por conta de sensibilidade indica que o dentista precisa ser consultado

Dentista. Foto: Reprodução de Internet

Ninguém gosta e nem deve sentir dor, mas essa sensação tem uma função importante. A de alertar sobre algo que não vai bem.

A sensibilidade nos dentes também, e no inverno o incômodo pode ser ainda maior. É sinal de que os dentes precisam de cuidados especiais. A água gelada é a causa mais comum dessa sensação que pode ser tão intensa a ponto de causar dor. O cirurgião dentista Márcio Marques, do Instituto Rio, explica como acontece esse processo.

“A dentina (parte do dente que dói quando fica exposta) é percorrida por uma rede de microtúbulos. Dentro deles há o prolongamento do nervo. Os túbulos podem ser mais abertos ou mais fechados, o que aumenta ou não a permeabilidade e, consequentemente, a sensibilidade”, esclarece o profissional.

O especialista acrescenta que os nervos permitem perceber se há algo ameaçando o dente e que a ausência total de sensibilidade não é exatamente positiva. Ela acontece com o passar dos anos no processo natural de envelhecimento.

“A partir de 70, 80 anos de idade é possível que a pessoa comece a perder a sensibilidade. Isso porque a polpa (parte do dente composta por nervos e vasos sanguíneos) vai se calcificando”, diz Marques, acrescentando que em um caso como esse, a pessoa pode levar muito tempo até perceber que tem uma cárie, por exemplo, o que permite que o quadro se agrave.

Ainda assim, não há motivos para gostar dessa dorzinha incômoda. Geralmente, o primeiro passo para tentar acabar com ela é usar cremes dentais dessenbilizantes. Os produtos podem, inclusive, fazer parte da rotina e do uso diário.

O segundo passo é hibridizar a dentina. Segundo o cirurgião dentista, o procedimento consiste em fazer um “selamento” dos canais.

A terceira opção é restaurar o dente, fazendo uma barreira física entre o meio externo e a polpa.

“O último recurso é tratar o canal. O procedimento remove a enervação interna do dente, deixando-o mais frágil e quebradiço. É uma alternativa usada apenas quando todos os outros recursos se esgotam”, conclui o especialista.

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