A lancha utilizada pelo servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips foi localizada pelo Corpo de Bombeiros nas proximidades da comunidade de Cachoeira na noite deste domingo (19).
Por meio de uma nota, a Polícia Federal confirmou a localização da embarcação. As buscas contaram com a ajuda da Polícia Civil, Marinha, bombeiros e indígenas. Para localizá-la, os investigadores contaram com a ajuda de mergulhadores, redes e equipamentos com ganchos.
Para ocultar o assassinato, os criminosos afundaram o veículo no leito do rio, com sacos de terra, além de terem queimado e enterrado os corpos em local de “dificílimo acesso”, segundo a PF.
A Polícia Federal divulgou neste domingo (19) que identificou oito pessoas envolvidas na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, sendo que três estão presos e cinco foram identificados por terem participado da ocultação dos cadáveres.
Os presos são Amarildo da Costa Pereira, conhecido como Pelado, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Até o momento, apenas Amarildo confessou o crime.
Segundo a PF, as investigações continuam para esclarecer todas as circunstâncias, os motivos e os envolvidos no caso.
Nesse sábado (18), a polícia divulgou que concluiu a análise da causa da morte de Bruno Pereira e de Dom Phillips. Bruno foi morto com dois tiros na região abdominal e torácica e um na cabeça. Dom levou um tiro no abdômen/tórax. A munição usada no assassinato foi típica de caça.
A arma de caça utilizada no crime dispara projéteis múltiplos, chamados de balins. Assim, um único tiro pode causar uma série de perfurações provocadas por pequenas esferas de chumbo.
Nos últimos dias, a PF confirmou a identidade de Phillips e Pereira nos restos mortais enviados a Brasília para a perícia. Os corpos foram encontrados após a confissão do pescador Amarildo da Costa Pereira.
Dom Phillips, que era colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez no dia 5 de junho, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, quando sumiram sem deixar vestígios.
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