A bancada do PSOL na Câmara ingressou nesta segunda-feira (23), com pedido de investigação contra Jair Bolsonaro na Procuradoria Geral da República (PGR).
Parlamentares pedem que seja investigado se o presidente cometeu o crime de homofobia, durante entrevista coletiva concedida na última sexta-feira (20), no Palácio do Alvorada.
“Você tem uma cara de homossexual terrível”, e “Pergunta para a tua mãe o comprovante que ela deu para o teu pai”, disse Bolsonaro ao ser perguntado sobre uma acusação que envolve o seu filho Flávio Bolsonaro e o ex-assessor Fabrício Queiroz.
Segundo a representação do PSOL, os fatos são “extremamente graves”. Os deputados lembraram que o Supremo Tribunal Federal (STF) enquadrou homofobia na lei de racismo — inafiançável e imprescritível.
“É inaceitável, no Estado Democrático de Direito, que palavras homofóbicas sejam abertamente prolatadas pelo Presidente da República”, diz o documento, que é assinado pelos deputados Ivan Valente, Fernanda Melchionna, Áurea Carolina, David Miranda, Edmilson Rodrigues, Glauber Braga, Luiza Erundina, Marcelo Freixo, Sâmia Bomfim e Talíria Petrone.
O grupo defendeu ainda que Jair Bolsonaro seja processado por danos morais, e que ele pague a indenização a organizações de direitos humanos.
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