Deputado do PSL faz discurso transfóbico na Alesp: ‘tiraria homem que se sente mulher a tapas do banheiro’

Douglas Garcia. Foto: Reprodução de Internet

Douglas Garcia. Foto: Reprodução de Internet

O deputado estadual Douglas Garcia, do PSL, pode perder o mandato por quebra de decoro parlamentar após proferir uma declaração transfóbica no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Após um discurso de Erica Malunguinho, do PSOL, primeira deputada transgênero a ocupar uma cadeira na Alesp, Douglas rebateu e fez uma declaração polêmica durante uma sessão plenária nessa quarta-feira (3).

A afirmação foi feita logo após um discurso de Erica em defesa da identidade de gênero em práticas esportivas. Ela se posicionou contra o projeto de lei do deputado Altair Moraes, que deslegitima a identidade de gênero ao igualar mulheres trans a homens nos esportes. A fala da deputada gerou a ira do parlamentar, que na sequência fez o discurso transfóbico.

“Eu gostaria aqui de parabenizar o projeto de lei do deputado Altair Moraes. É um projeto de lei muito eficiente. Se por um acaso, dentro do banheiro de uma mulher em que a minha irmã ou a minha mãe estiver utilizando entrar um homem que se sente mulher, ou que pode ter alegado o que ele quiser e colocado o que quiser, porém eu não estou nem aí, eu vou tirar primeiro no tapa e depois chamar a polícia pra levar”, disse o deputado do partido do presidente Jair Bolsonaro no plenário da Assembleia.

A parlamentar, por sua vez, pediu direito de resposta: “Eu exijo que esta Casa abra um processo por quebra de decoro parlamentar por incitação ao ódio. Ele acaba de incitar o ódio e a violência contra pessoas transexuais. Senhor deputado, aliás, nem deveria me dirigir ao senhor dessa forma, mas tenho educação, quero lhe dizer uma coisa: você não sabe absolutamente nada. Você não sabe o que está fazendo aqui”.

Após o discurso do parlamentar, o PSOL informou que vai pedir a cassação do mandato de Douglas por quebra de decoro parlamentar e incitação ao ódio. Erica também confirmou em suas redes sociais que irá abrir um processo interno em combate ao ódio, apoiado por parlamentares de outros partidos.

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