Deputada Lucinha é afastada por suspeita de envolvimento com a milícia

Lucinha. Foto: Divulgação/Alerj

Lucinha. Foto: Divulgação/Alerj

Rio. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento por tempo indeterminado da deputada estadual Lúcia Helena de Amaral Pinto, conhecida como Lucinha, do PSD.

A medida ocorre no contexto da Operação Batismo, ação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrada nesta segunda-feira (18), que também realizou buscas em diversos locais ligados à parlamentar, suspeita de atuar como um braço político de uma milícia na Zona Oeste da cidade.

“As investigações apontam a participação ativa de uma deputada estadual e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção”, afirmam a PF e o MP-RJ.

A força-tarefa revelou que Lucinha é apontada como o braço político da milícia liderada por Zinho, sendo inclusive chamada de “madrinha” pelos integrantes do grupo criminoso. O líder da milícia, Zinho, está atualmente foragido e enfrenta acusações de diversos crimes.

A decisão judicial autorizou busca e apreensão no gabinete da deputada, localizado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), bem como em vários endereços vinculados a ela. Fontes do MPRJ e da polícia informaram à TV Globo que quebras de sigilos telefônicos e telemáticos (da internet) de suspeitos revelaram o envolvimento direto da deputada Lucinha e de uma de suas assessoras com a cúpula da milícia do Zinho.

Além de afastá-la do mandato, a Justiça proibiu Lucinha de frequentar as sedes da Alerj — tanto o Palácio Tiradentes quanto o novo prédio da Casa, o Alerjão.

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