Delator relata caixa 2 de Cabral, Pezão, Paes e Pedro Paulo

Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Eduardo Paes e Pedro Paulo. Fotos: Divulgação

Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Eduardo Paes e Pedro Paulo. Fotos: Divulgação

Em acordo de delação premiada, o marqueteiro Renato Pereira contou que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão; o ex-governador Sérgio Cabral; o ex-prefeito Eduardo Paes; e o ex-candidato à Prefeitura do Rio Pedro Paulo participaram diretamente de negociações de pagamentos para caixa 2 nas campanhas eleitorais entre 2010 e 2016.

O delator contou como a Prole Serviços de Propaganda influenciou contratos de publicidade de governos do Rio nos últimos dez anos, explica “O Globo”. De acordo com Pereira, o publicitário Mauricio Cabral, irmão do ex-governador, tinha participação em contratos influenciados pela Prole. As contas eram direcionadas pela própria agência ou a empresas que ela sugerisse, mas com acordo para compartilhar parte dos lucros.

Segundo o jornal, sócios e ex-sócios da Prole não aderiram ao acordo e vão ser processados pelos crimes relatados por Pereira. De acordo com o marqueteiro, eles validaram o orçamentos de campanha, a concordância com pagamentos em dinheiro e fora da contabilidade oficial, além de repasses de propinas  feitos pela própria Prole ou empresas ligadas ao grupo.

Renato Pereira, Eduardo Villela, William Passos, Luiz Loffler e Marcelo Carneiro. Fotos: Divulgação/Prole
Sócios da Prole: Renato Pereira, Eduardo Villela, William Passos, Luiz Loffler e Marcelo Carneiro. Fotos: Divulgação/Prole

Em sua delação, Pereira contou que Eduardo Villela operacionalizava pagamentos em todas as campanhas. Ele é apontado como receptor de pacotes de dinheiro de emissários do empresário Jacob Barata. Luiz Loffler e Marcelo Carneiro também participaram de negociações ilícitas, de acordo com Pereira. De acordo com o delator, William Passos participou de fraudes em licitações e coordenou trabalhos no interior do estado. Pereira contou ainda que dividiu com André Eppinghaus, ex-sócio da Prole, a decisão de direcionar a Maurício Cabral parte dos lucros em contratos com o governo.

Ao jornal, as assessorias de Pezão, Paes e Pedro Paulo negaram as acusações. Por estar preso, a defesa de Cabral disse que ele não poderia se manifestar, por estar impedido de dar entrevistas. Sócios e ex-sócios da Prole foram procurados, mas não localizados pela reportagem do jornal.

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