Dallagnol rebate acusação de negociar com EUA dinheiro da Petrobras
Acusado. O ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol foi alvo de reportagem sobre ter, supostamente, negociado em sigilo com autoridades norte-americanas valores referentes à Petrobras no âmbito da Operação Lava Jato. As informações são da coluna de Jamil Chade, do portal UOL, desta quinta-feira (20).
Pelo Twitter, Deltan rebateu as acusações, recebeu apoio do senador Sérgio Moro e trocou farpas com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
Alguns jornalistas do UOL produziram mais um factoide sensacionalista sobre a Lava Jato. Por que não criticaram o acordo de leniência do MPF com a Odebrecht/Braskem em 2016 quando os termos foram tornados públicos? Aliás, a multa e indenização recordes, 3,5 bilhões de dólares,… https://t.co/IJzqS9euY8
— Sergio Moro (@SF_Moro) July 20, 2023
Gleisi, dá pra entender a sua raiva de quem revelou o apelido que você tinha na planilha de propinas da Odebrecht. Como era mesmo? “Amante”, né? Mas fica aqui embaixo a resposta pra mais essa mentira produzida pela sua turminha: https://t.co/8MIpLWSDzh
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) July 20, 2023
Segundo a reportagem, a negociação não teria passado pela CGU, a Controladoria-Geral da União, que é o órgão responsável, de acordo com a legislação, para atuar neste tipo de demanda. As conversas fazem parte de material apreendido pela Operação Spoofing, da Polícia Federal.
Os procuradores brasileiros e suíços mantiveram diálogos por mais de três anos, mas essas conversas nunca foram oficiais. Em janeiro de 2016, Deltan teria escrito aos suíços para dar um retorno sobre as negociações com as autoridades norte-americanas. Anos depois, Petrobras e Estados Unidos da América fecharam acordo onde seriam desembolsados cerca de R$ 4 bilhões para que os EUA não fossem processados.
Deste total, 80% foi enviado ao Brasil e metade deste valor foi destinado a um fundo privado que a própria Lava Jato tentou criar e não conseguiu. O Conselho Nacional de Justiça, a partir de agora, investiga o caso.
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