Em meio a crise na análise de benefícios, presidente do INSS é demitido

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou nesta terça-feira (28) a saída do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Renato Vieira, do cargo.

O substituto será Leonardo Rolim, até então secretário de Previdência do Ministério da Economia. Ainda não há definição de quem substituirá Rolim no ministério.

Segundo Marinho, em conversa com Vieira, ele mesmo mostrou “disposição” em sair do INSS e se dedicar a projetos próprios. A demissão será publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (29).

Vieira foi nomeado no início do governo Jair Bolsonaro e ficou pouco mais de um ano no cargo. Desde o fim do ano passado, o INSS enfrenta uma crise na análise de benefícios.

Renato Vieira. Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
Renato Vieira. Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Atualmente, há quase 2 milhões de pedidos de pensões e aposentadorias represados na fila. O prazo para regularizar essa situação, segundo o próprio governo, é de seis meses.

Para tentar resolver o problema, o governo chegou a anunciar um plano de contratar ou convocar militares da reserva para fazerem uma força-tarefa e diminuírem essa fila. Para acelerar a análise de benefícios no segundo semestre de 2019, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagou bônus de produtividade e designou servidores para os regimes de trabalho semi presencial e de teletrabalho. Não adiantou.

A autarquia também aumentou para 7,8 mil o número de servidores dedicados exclusivamente à análise de benefícios. No primeiro semestre de 2019, eram 3 mil, segundo o próprio instituto.

Desde a implantação do INSS Digital, em 2018, a autarquia enfrenta uma situação ainda mais drástica: enquanto a demanda aumentou, a produtividade na análise de benefícios diminuiu.

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