CPI tem bate-boca por vídeo de Queiroga e áudio vazado: ‘petulante pra car…’

Wagner Rosário, da CGU, e Omar Aziz. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Com as atenções voltadas para o discurso de Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a CPI da Covid-19 iniciou uma sessão tumultuada nesta terça-feira (21) com o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.

O presidente da CPI, Omar Aziz, primeiramente deu início a um bate-boca após a exibição do vídeo em que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga aparece surtado mostrando o dedo médio para manifestantes anti-Bolsonaro em Nova York.

“Nós estamos numa pandemia e o ministro Queiroga faz a gente passar vergonha fora”, disse Aziz.

“A CPI está fazendo isso há tempo”, retrucou o governista Marcos Rogério.

“Não faça isso não, tenha respeito aos senadores”, disse, então, Fabiano Contarato (Rede-ES). “É um governo recheado de crimes”, emendou, com o dedo apontado para Rogério.

“Vamos ouvir Wagner Rosário para falar falar de corrupção [nos estados]. Não querem falar”, provocou Luis Carlos Heinze (PP-RS).

Assista:

Em outro momento, Aziz voltou a protagonizar uma cena sui generis na comissão. Diante da arrogância de Rosário, o presidente da CPI soltou uma crítica sem perceber que seu microfone estava aberto.

“Petulante pra car….”, disse, gerando um clima de constrangimento na CPI.

Aziz ficou incomodado após Rosário dizer que a CGU soube do envolvimento da empresa Precisa Medicamentos, responsável na época por representar o laboratório produtor da vacina indiana Covaxin, em possíveis irregularidades nos contratos de aquisição do imunizante.

Questionado sobre o início das investigações ter sido em setembro de 2020, Rosário desdenhou.

“Não sei se o senhor já participou de alguma investigação, você não passa um scanner na hora da busca e apreensão e sai os dados, não. Tem que ter análise, tem que levar tempo”.

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