CPI: governistas dizem que Renan já tem sentença pronta; médicos defendem tratamento

Arte: SRzd

Os médicos Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves estiveram na CPI da Covid-19 no Senado Federal, nesta sexta-feira (18).

+ Veja a cobertura completa da CPI da Covid-19 no Senado Federal

Os profissionais defenderam o chamado tratamento precoce para pacientes infectados com o novo coronavírus, em sessão que ficou esvaziada com a ausência de senadores de oposição ao governo Federal.

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O relator da Comissão, senador Renan Calheiros (MDB), se recusou a questionar os convidados. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede) e outros parlamentares, saíram da sala antes dos depoimentos.

Diante do cenário constrangedor, senadores governistas protestaram e pediram que fosse designado um relator substituto, mas a solicitação foi negada. Também alegaram que Renan não tratou assim outros convidados especialistas e que já teria sua sentença pronta.

+ o polêmico kit Covid:

Ricardo e Francisco se disseram contra o chamado kit Covid, que teria sido muito usado em diversas cidades brasileiras desde o início da pandemia, e afirmaram que é preciso receitar os medicamentos corretos para cada pessoa, identificando o histórico de cada paciente e organismos de forma individualizada:

“Quem defende a medicina não pode defender autotratamento ou o kit covid. Eu, inclusive, desconheço esse termo kit covid, porque o que eu vejo sendo falado como kit covid, pra mim, é algo que eu não faço na minha prática clínica, e todo mundo que trata paciente com covid não faz. Pacientes têm que ter o médico ali, do lado, o dia inteiro”, declarou Francisco.

+ o tratamento precoce:

“Por exemplo, só em relação à ivermectina, nós temos, no mínimo, cinco revisões temáticas com metanálise. A mais recente, com 19 ensaios clínicos randomizados, sendo nove duplos-cegos, mostrando uma redução de 85% na mortalidade, com a ivermectina, em pacientes com Covid leve a moderada. A hidroxicloroquina, quando usada num sistema de saúde público, como o iraniano, que é parecido com o nosso, até com centralização e prontuário eletrônico de mais de 90% dos atendidos no SUS iraniano. Em estudo, agora, publicado recentemente, 27 mil iranianos avaliados, quem recebeu hidroxicloroquina, teve letalidade de 73% a menos”, declarou Zimerman.

“Médicos renomados, dedicados, que tentavam explicar o absurdo disso começaram a ser taxados de negacionistas, obscurantistas, termos ofensivos que podem até caber numa seara de lide política, mas jamais deveriam estar presentes no sistema de saúde. Era uma falácia absolutamente sem sentido. Os que negavam o tratamento, em plena demonstração de sinalização de virtude, chamavam os médicos que tratavam os doentes de negacionistas”, defendeu Francisco Eduardo.

Mais cedo, em coletiva de imprensa, Renan Calheiros divulgou os nomes das 14 pessoas que passaram da condição de testemunhas para investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito.

Ricardo Arial Zimerman é graduado em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fez residência em infectologia e atualmente é médico da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e médico executivo do serviço de Controle de Infecção do Hospital da Brigada militar de Porto Alegre.

Francisco Eduardo Cardoso Alves é médico formado pela UFRJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com residência médica em Infectologia e atuação majoritária na área clínica em doenças clínicas, infectocontagiosas, parasitárias e tropicais além de diagnóstico médico em geral, atuando em consultório, ambulatório, enfermaria, emergência e terapia intensiva. Atualmente atua como consultor e palestrante em temas relacionados a Covid-19.

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