CPI ouve ex-diretor da Saúde acusado de pedir propina em compra de vacinas

CPI no Senado Federal. Foto: Reprodução da TV

A CPI da Covid-19 ouve nesta quarta-feira (7) o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. Ele foi exonerado do cargo em junho, depois da denúncia de que teria pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Dias nega a acusação

A denúncia foi feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Em depoimento à CPI, ele afirmou ter recebido um pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante. Segundo Dominguetti, Dias teria cobrado US$ 1 por dose.

Apontado como indicação do deputado Ricardo Barros e do ex-deputado Abelardo Lupion, Dias é considerado peça-chave para desvendar detalhes de denúncias dos dois supostos esquemas de propina na compra de vacina pelo Ministério da Saúde, envolvendo as doses da AstraZeneca oferecidas por Luiz Dominghetti e a indiana Covaxin, produzida pela Bharat Biotech, o imunizante mais caro negociado pelo governo até agora.

As negociações para aquisição da Covaxin são investigadas pela CPI da Covid-19, pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Além de ouvir Dias, a CPI deve votar nesta quarta 60 requerimentos – entre eles o de convocação de Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro.

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