CPI da Covid começará por falha em compra de vacinas, remédios sem eficácia e Pazuello

A maioria dos membros da CPI da Covid-19 já definiu a estratégia de trabalho do colegiado. Senadores de oposição e independentes ao governo vão focar na falha de aquisição das vacinas por parte do governo e na aposta em medicamentos sem comprovação científica, como a hidroxicloroquina e a ivermectina.

Os membros também tratam como prioridade a convocação dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo (Defesa) e pretendem buscar por material do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a atuação do governo federal frente à pandemia.

Parlamentares governistas, que formam minoria na CPI, querem destacar os repasses feitos a estados e municípios e possíveis desvios na aplicação dos recursos. Um dos alvos seria o Consórcio do Nordeste.

Senadores também querem investigar o motivo que fez o governo brasileiro recusar a compra de 70 milhões de vacinas da Pfizer em 2020, quando o imunizante ainda estava em desenvolvimento.

A maioria dos membros da CPI também tem usado como base um boletim desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), em janeiro de 2021, que afirma que o negacionismo do governo federal atrapalhou o combate à pandemia de Covid-19.