CPI de Brumadinho pede indiciamento de cúpula da Vale por homicídio doloso

Bombeiros trabalham na localização de vítimas da tragédia de Brumadinho. Foto: Ricardo Stuckert

Bombeiros trabalham na localização de vítimas da tragédia de Brumadinho. Foto: Ricardo Stuckert

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Brumadinho, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, pediu nesta quinta-feira (12), o indiciamento da diretoria da mineradora Vale por homicídio doloso relacionado ao caso do rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro. Até o momento, 249 corpos foram identificados na tragédia e outras 21 pessoas continuam desaparecidas.

Foi pedido o indiciamento pelo crime, entre outros, do ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman e do ex-diretor-executivo Peter Poppinga, que ocupavam a chefia no período da tragédia. Além deles, a CPI também pediu que fossem responsabilizados a responsável técnica da barragem que ruiu, Cristina Malheiros, e os engenheiros da TUV Sud Makoto Namba e André Jum Yassuda, que assinaram o laudo de estabilidade da barragem.

Além destes, a CPI indiciou a gerente de estrutura da Vale, Marilene Araújo, o geólogo Cesar Grand Champ, os gerentes Alexandre Campanha, Rodrigo de Melo, Joaquim de Toledo e Renzo Carvalho, e os diretores Silmar Magali e Lúcio Flávio Gallon Cavalli. Foram 13 pessoas indiciadas por homicídio doloso eventual: duas da TUV Sud e 11 da Vale. A recomendação do indiciamento das 13 pessoas será feita junto ao MP (Ministério Público) de Minas Gerais.

O relator da CPI, deputado André Quintão, fez a leitura do relatório de 300 páginas, que inclui pedido ao MP de indenizações para as vítimas e os municípios afetados. O relatório segue para votação na comissão.

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