Corpo de idosa é trocado e enterrado em cova coletiva por outra família em Minas Gerais

Leonora de Jesus Celestina. Foto: Reprodução de Internet

O corpo de uma idosa foi enterrado por engano no lugar de outro morto na segunda-feira (11), em Belo Horizonte, Minas Gerais. O caso foi descoberto na terça-feira (12), quando sua família aguardava a liberação do corpo para seu sepultamento.

Leonora de Jesus Celestina, de 91 anos, foi enterrada em uma cova destinada ao corpo de Fernando Jesus Reis, de 68. Os dois morreram vítimas da Covid-19 no Hospital São Francisco de Assis, na capital mineira. Fernando faleceu na noite de domingo (10), e Leonora na manhã de segunda-feira.

“Foi uma atrocidade o que cometeram. Fizeram da minha mãe um saco de pedras e a jogaram em um buraco”, disse Antônio de Jesus Celestino, de 66 anos, filho de Leonora, em depoimento ao jornal “O Tempo”.

A família aguardava para fazer o sepultamento dela no Cemitério da Saudade, região leste de BH, mas após um atraso descobriram que o enterro havia acontecido um dia antes, no Cemitério da Consolação, em Venda Nova.

Segundo o filho de Fernando, Flaviano Rodrigues Reis, de 41 anos, foi um susto descobrir que o corpo do pai ainda estava no hospital.

“Na terça-feira à noite, a funerária me ligou e falou que meu pai não havia sido enterrado e ainda estava no hospital. Enterramos uma pessoa que não era o meu pai. Fomos no hospital e vimos que era o meu pai mesmo”, diz Flaviano.

De acordo com o filho do idoso, sua mãe teve dificuldades de acreditar na troca dos corpos e chegou a acreditar que Fernando pudesse estar vivo.

“Quando falei, ela nem acreditou. Ela perguntou se meu pai estava vivo. Aí expliquei que, na verdade, eles trocaram os corpos. Meu sentimento é de tristeza e revolta”, afirmou Flaviano.

Já a família de Leonora teve outra dificuldade. O corpo da idosa foi sepultado em uma cova coletiva, junto com outros dois corpos. Para realizar o procedimento, a família precisou pedir a exumação do corpo, mas também teve que contar com a autorização das famílias dos outros dois enterrados na mesma cova.

“É muito triste você ver duas famílias que não têm nada a ver (com isso) ter seus entes queridos desenterrados para tirar uma pessoa que não deveria estar ali”, disse Raquel de Almeida Celestino, neta de Leonora, após a exumação.

O Hospital São Francisco de Assis informou em nota que a funerária cometeu um erro no momento de retirar o corpo no centro de saúde.










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