Coronavírus avança em favelas do Rio, Niterói e Baixada Fluminense

Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Foto: Divulgação

Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Foto: Divulgação

Em defesa do fim do isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil, disse que em comunidades carentes do Rio de Janeiro, como Rio das Pedras, Rocinha e Alemão, “o comércio está funcionando a todo vapor”. A Rocinha aumentou 483% o número de infectados em menos de uma semana.

De fato, a circulação das pessoas nestas favelas, e também em Niterói e na Baixada Fluminens, e tem subido substancialmente. Em contrapartida, os levantamentos de casos suspeitos de coronavírus e óbitos, também se multiplicam.

Nas favelas da Rocinha, Maré, Vigário Geral, Acari, Cidade de Deus e Manguinhos, o número de mortos ultrapassa uma dezena.

A situação da pandemia do novo coronavírus no estado do Rio é tão séria que levou 66 municípios do estado do Rio de Janeiro a decretarem estado de calamidade na saúde pública. O decreto legislativo que reconhece as medidas, tomadas em 71% de todos os 92 municípios do estado, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quinta-feira (16).

O reconhecimento do estado de calamidade permite que as prefeituras agilizem procedimentos, sem observar temporariamente itens da Lei de Responsabilidade Fiscal, como limite de despesas com pessoal.

Entre as prefeituras que decretaram calamidade pública estão desde as maiores, como a do Rio de Janeiro, de Duque de Caxias, de São Gonçalo e de Nova Iguaçu, até as de pequenos municípios, como Macuco, Natividade, Paty do Alferes e Porciúncula.

A lista completa dos municípios em situação de calamidade pública é a seguinte: Angra dos Reis, Areal, Arraial do Cabo, Barra do Piraí, Barra Mansa, Bom Jesus do Itabapoana, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Comendador Levy Gasparian, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duque de Caxias, Engenheiro Paulo de Frontin, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Italva, Itaocara, Itaperuna, Itatiaia e Laje de Muriaé

E continua com Macaé, Macuco, Magé, Maricá, Mesquita, Miguel Pereira, Miracema, Nova Iguaçu, Natividade, Nilópolis, Nova Friburgo, Paracambi, Paraty, Paty do Alferes, Petrópolis, Pinheiral, Piraí, Porciúncula, Porto Real, Resende, Rio Bonito, Rio Claro, Rio das Flores, Rio de Janeiro, São Fidélis, São Gonçalo, São João da Barra, São Pedro da Aldeia, São Sebastião do Alto, Santa Maria Madalena, Sapucaia, Saquarema, Seropédica, Mangaratiba, Tanguá, Teresópolis, Trajano de Morais, Três Rios, Valença, Volta Redonda, Queimados, Quissamã.

O decreto legislativo não depende de sanção do governador Wilson Witzel, sendo sancionado pelo presidente da Alerj e publicado no Diário Oficial do Legislativo nos próximos dias.

Responsabilidade das Prefeituras

No caso da área metropolitana e Baixada Fluminense, surgem denúncias de que muitos prefeitos não compreenderam a importância do isolamento social. Os números mudam a cada dia, mas até a manhã desta sexta-feira, 16 de abril, Niterói amargava 167 casos e 11 óbitos; Nova Iguaçu registrou 150 casos e 12 óbitos e Duque de Caxias, 125 pessoas com a doença e 21 mortes.

Em Caxias, a livre circulação de pessoas pelo comércio, conforme o presidente identificou em regiões mais pobres, segundo pesquisadores, teria contribuído para a explosão de infectados.

Com Agência Brasil

 







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