Conselho de Ética da Câmara vai cobrar que deputado mostre gravação da conversa com Bolsonaro

O servidor Luís Ricardo Miranda e o deputado Luís Miranda. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O servidor Luís Ricardo Miranda e o deputado Luís Miranda. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O deputado Paulo Pimenta afirmou na última sexta-feira (9), que foi gravada a conversa entre o deputado Luis Miranda, o servidor público Luis Ricardo Fernandes Miranda e Jair Bolsonaro, no dia 20 de março. Em uma publicação no Twitter o petista escreveu que “são 50 minutos de muita informação e baixaria”. A pessoas próximas, Pimenta disse que Miranda exibiu um trecho da gravação a um grupo restrito de parlamentares, em Brasília.

Auxiliares do presidente têm certeza de que existe esse áudio e temem os desdobramentos da crise. Segundo o site “O Antagonista”, Bolsonaro não teria mencionado apenas o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, como responsável pelo esquema de corrupção que envolveu o contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

A suposta gravação será assunto do processo por quebra de decoro instaurado pelo Conselho de Ética da Câmara. “Miranda será instado a entregar a fita, segundo consenso na cúpula da Câmara”, segundo o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal “O Globo”.

“O processo foi aberto a partir de uma representação do PTB. Outro processo semelhante foi aberto para investigar Ricardo Barros, justamente o deputado que Miranda diz ter sido citado por Bolsonaro na conversa sobre os rolos da negociação para a compra da vacina indiana”, aponta ainda o colunista.

Até o momento, Miranda tem negado, publicamente, que tenha gravado Bolsonaro. Mas sempre faz a ressalva de que não estava sozinho no encontro e que, na CPI da Covid-19, seu irmão Luis Ricardo não foi perguntado sobre isso.

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