Conhecido por rasgar notas no Carnaval é apontado como um dos maiores ladrões de banco

Homem que rasgou notas no Carnaval. Foto: Reprodução de TV

Investigações apontam que Tiago Ciro Tadeu Faria, de 38 anos, é um dos maiores ladrões de banco do país. Conhecido como “Gianechini”, ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) no último dia 4 pela participação em cinco grandes assaltos a bancos.

Tiago e outros três acusados já são considerados réus em ações que causaram pânico, medo, mortes e destruição em cidades do interior de São Paulo e do Brasil.

De acordo com a Justiça Federal e a Polícia Civil de São Paulo, “Gianechini” e seu bando vinham agindo em várias regiões do Brasil desde 2017 e a participação do assaltante nos atos já está comprovada através do perfil genético inserido em um banco de dados da Superintendência da Polícia Científica de São Paulo.

Preso suspeito de integrar bando que atacou agências bancárias em Botucatu. Foto: Reprodução de TV
Preso suspeito de integrar bando que atacou agências bancárias em Botucatu. Foto: Reprodução de TV

Segundo o jornalista Josmar Jozino, do UOL, a defesa de Tiago nega e diz que o cliente é inocente de todas as acusações.

Em 20 de julho deste ano, policiais civis apreenderam 200 kg de explosivos no bairro do Limão, na Zona Norte de São Paulo. Testemunha revelou que os artefatos, usados em explosões de caixas eletrônicos, foram deixados na residência por “Gianechini”.

A Polícia Civil de São Paulo diz ter reunido provas materiais contra Tiago no roubo de ao menos R$ 50 milhões — segundo policiais — do Serviço Regional de Tesouraria (SERET) do Banco do Brasil em Ourinhos, em São Paulo, no mês de maio deste ano, e de R$ 2 milhões em Botucatu, também em São Paulo, dois meses depois.

Confusão no Carnaval

Condenado em 2005 por roubo, Tiago Ciro Tadeu Faria ficou conhecido na mídia em 2012, quando estava no Sambódromo do Anhembi e invadiu a apuração do desfile das escolas de samba. Usando uma camiseta da Império da Casa Verde, ele rasgou as notas dos jurados do Carnaval paulistano.

A confusão, transmitida ao vivo pela televisão e registrada por fotógrafos, ocorreu momentos antes da leitura das notas dadas pelos dois últimos jurados no quesito Comissão de Frente.

Tiago foi mostrado pulando uma grade e invadiu a área onde estavam fiscais do Carnaval. Em seguida, ele rasgou as cédulas com notas. Policiais militares tentaram proteger os jurados e os locutores. Enquanto isso, membros de outras escolas também invadiram a área reservada para a apuração. Lixeiras e grades do Anhembi foram danificadas, causando prejuízo de mais de R$ 10 mil a SPTuris.

Confusão na apuração do Carnaval de São Paulo. Foto: Reprodução de TV

Todas as pessoas envolvidas no caso, inclusive Tiago, foram absolvidas após serem denunciadas pelo Ministério Público por crimes de dano ao patrimônio e supressão de documentos. O magistrado alegou que os “ânimos se exaltam” em desfiles de escolas de samba.

A confusão se espalhou também para fora do Sambódromo. Torcedores da Gaviões da Fiel saíram pela Marginal Tietê chutando placas da cerca do Anhembi. Um carro alegórico da escola Pérola Negra foi incendiado na área da dispersão.

O que diz a defesa

Rodrigo Feitosa Lopes, advogado de “Gianechini”, disse que seu cliente é inocente, não pertence a organização criminosa, não tem envolvimento com apreensão de explosivos e não participou de nenhum assalto.

Sobre o apontamento de provas genéticas, Lopes afirmou que elas estão incorretas e que irá provar a inocência do cliente, acrescentando que após o episódio no Sambódromo, a vida de “Gianechini” virou um inferno e ele passou a ser perseguido por policiais civis corruptos.










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