Conheça as regras e detalhes do debate entre os presidenciáveis na Rede Globo

Microfones para debate. Foto: Reprodução

Microfones para debate. Foto: Reprodução

É hoje. Candidatos à Presidência da República participam do último encontro antes do primeiro turno das eleições, marcadas para o próximo domingo (2), na Rede Globo.

Mediado por William Bonner, o debate, que será transmitido ao vivo após a novela “Pantanal”, reúne os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum.

O posicionamento dos políticos no estúdio foi definido por ordem alfabética. Da esquerda para a direita, estarão Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Padre Kelmon (PTB), Luiz Felipe D’Ávila (NOVO), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

Estúdio antes de debate do dia 27 de setembro de 2022 para o governo do Rio na TV Globo, no Rio. Foto: Guilherme Schiavinato/TV Globo
Estúdio antes de debate do dia 27 de setembro de 2022 para o governo do Rio na TV Globo, no Rio. Foto: Guilherme Schiavinato/TV Globo

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Regras do debate

De acordo com a programação da emissora, o debate começa por volta de 22h30 e pode durar até a 1h40 da sexta-feira (30).

O programa terá quatro blocos: o primeiro e o terceiro, com temas livres; o segundo e o quarto, com temas determinados. Ao final do quarto bloco, cada candidato fará suas considerações finais.

De acordo com as regras estabelecidas pela emissora, os candidatos terão 30 segundos para fazer as perguntas e um minuto para a réplica, enquanto o candidato que responde terá três minutos, que poderá dividir como quiser, entre a resposta e a tréplica.

Em ordem sorteada previamente, as questões serão feitas sempre de candidato para candidato. Um participante pergunta para outro de sua livre escolha, entre os que ainda não tiverem respondido naquele bloco.

Já no bloco de temas determinados, a dinâmica será a mesma, com o mediador sorteando em uma urna, antes das perguntas, o tema que deverá ser abordado.

Quem fará as perguntas do debate?

Diferente de outros debates, o último embate entre os presidenciáveis terá apenas o confronto direto entre eles. Ou seja, apenas os candidatos farão as perguntas — sem a participação de perguntas feitas por profissionais da imprensa.

Estratégias de Lula e Bolsonaro

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, Jair Bolsonaro dispensa o tradicional media training, treinamento dado por assessores para entrevistas e sabatinas.

A estratégia do presidente está nas mãos do marqueteiro Duda Lima, que está preparando frases de efeito para Bolsonaro usar no debate, mirando seu principal adversário, o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Há uma expectativa de que o candidato à reeleição seja mais agressivo e provocador.

Vale lembrar que na preparação do primeiro debate, transmitido pela Band em agosto, Bolsonaro chegou a afirmar que não tinha marqueteiro.

Lula e Bolsonaro. Foto: Reprodução/TV Bandeirantes
Lula e Bolsonaro. Foto: Reprodução/TV Bandeirantes

A campanha de Lula, que aparece em primeiro lugar em todos os levantamentos que simulam a eleição até o momento, vê o evento como uma oportunidade para atrair votos úteis e indecisos e liquidar a fatura já no primeiro turno, enquanto a equipe do chefe do Executivo enxerga nele a possibilidade de ganhar uma sobrevida na corrida eleitoral.

Tranquilo quanto ao desenvolvimento da sua campanha nos dias finais antes da eleição, Lula minimizou a importância do debate e afirmou em entrevista à rádio Itatiaia, de Minas Gerais, na terça-feira (27), que “não tem debate que vire o jogo”.

Últimas pesquisas

Em todas as pesquisas eleitorais divulgadas recentemente, Lula lidera a disputa. Levantamento Ipec divulgado nesta semana, por exemplo, mostrou o petista com 48% dos votos, e Bolsonaro, com 31%. Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada apontou Lula com 47%, e Bolsonaro, com 33%.

Para vencer em primeiro turno, um candidato precisa superar os 50% nessa métrica, portanto Lula está no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais.

A única certeza é de que, pela polarização, nomes envolvidos e momento atual do Brasil em vários segmentos, a realização dos debate desta quinta pode decidir a eleição no sentido de despertar uma atenção maior do eleitor, para, através das apresentações das propostas, conhecer melhor as estratégias e ideias políticas de cada candidato.

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