Confirmada primeira morte por varíola dos macacos no Brasil

Ministério da Saúde. Foto: Divulgação

Ministério da Saúde. Foto: Divulgação

O Brasil registrou nesta sexta-feira (29), a primeira morte por varíola do macaco fora do continente africano. Segundo o Ministério da Saúde, a vítima é um homem com baixa imunidade que estava internado num hospital de Uberlândia, em Minas Gerais.

No último sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a situação do vírus monkeypox como emergência pública internacional, com mais de 16 mil casos em ao menos 75 países, e cinco mortes na África, onde a doença é endêmica.

Com essa realidade internacional, busca-se aumentar a coordenação entre os países e reforçar os mecanismos de busca ativa, com o objetivo de implementar medidas que ajudem a conter a circulação do vírus.


 

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Os últimos registros divulgados no Brasil, até quarta-feira (27), apontaram 978 casos de varíola do macaco, sendo 75% no estado de São Paulo (744). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44). O país é o sexto país com mais diagnósticos, atrás dos Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Reino Unido e França.

O Ministério da Saúde trata a doença como “surto”. O termo foi usado em um texto divulgado pela pasta, na quinta-feira (28), para informar a ativação de um Centro de Operações de Emergência (COE) com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da patologia.

São Paulo registra três casos em crianças

A capital paulista confirmou, na noite desta quinta-feira (28), três casos de varíola dos macacos em crianças. Esses são os primeiros casos notificados em crianças.

Segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), todas estão sendo monitoradas e não apresentam sinais de agravamento do quadro.

Transmissão e sintomas

A transmissão no mundo vem ocorrendo de pessoa para pessoa. A infecção surge a partir das feridas, fluidos corporais e gotículas do doente. Isso pode ocorrer mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele, inclusive sexual.

O tempo de incubação do vírus varia de cinco a 21 dias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também pode ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

O tratamento se baseia em suporte clínico e medicação para alívio da dor e da febre. A rápida identificação de novos casos e o isolamento dos infectados são fundamentais para se evitar a disseminação da doença.

Pode ser necessário o período de até 40 dias para a retomada das atividades sociais. Mesmo que o paciente se sinta melhor, deve se manter em isolamento enquanto ainda tiver erupções na pele.

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