Infelizmente ainda persiste em pleno século XXI o uso da trilha mais conhecida e mais rápida para a ascensão das mulheres nas organizações. A da sedução.
É claro que a maior parte de nós almeja e quer conquistar cargos mais altos, maior visibilidade e prestigio, maior ganho financeiro e uma carreira vitoriosa.
E , nesse percurso, encontramos inúmeros bloqueios reais e outros imaginários. Ambos atuam a partir de crenças instaladas e perpetuadas na mente individual e na cultura vigente. Mas, a meu ver, não vale tudo pra quebrar esse bloqueio.
Nas minhas análises e discussões tenho defendido e apoiado a busca por maiores espaços para as mulheres na liderança, porque entendo que nós mulheres temos competências, comportamentos desejados para a liderança, ousadia, vontade e preparo para o mundo corporativo e político, sem deixar nada a desejar em relação aos homens. Temos progredido, mas ainda estamos distantes do nivel ideal de equidade pela competência.
Os motivos? São muitos e eles deveriam ser tema de mais conversas e debates na sociedade, nas empresas, nas famílias e na educação.
Agora, o que mais empobrece e contamina esse debate são as situações ainda praticadas pelas próprias mulheres em provocar e utilizar da sua singular “capacidade de sedução” para trilhar suas conquistas.
Como disse um amigo meu, “pra dar Jogo, tem que ter mais de um
Jogador e sempre ambos almejam ganhos, conscientes ou não”. Mas esse será assunto pra uma próxima
Conversa.
Eu tenho ouvido relatos de situações desse tipo e defendo que as conquistas a qualquer custo só maltratam a própria pessoa a longo prazo, gerando desconforto aos que observam, falta de legitimidade e só alimentam ainda mais os prejulgamentos por parte dos homens. E você, o que pena sobre o tema?
*Rosangela Angonese é autora do livro “O fim da liderança tóxica nas organizações”, Mestre em Administração, com Pós-graduação em Marketing. Possui formação em: Dinâmica de grupos, Análise Transacional Organizacional, Coaching Executivo, e Educação Empreendedora, pela Fundação Dom Cabral.
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