Nos EUA, a confiança do consumidor recuou fortemente (menor nível em cinco anos), assim como os preços dos imóveis novos, sem esquecer das previsões da Goldman Sachs de perdas contábeis nos balanços dos grandes bancos norte-americanos. Em estudo recente, esta instituição está prevendo uma perda de US$ 460 bilhões nos balanços dos bancos, o que deve fazer perdurar ainda mais esta crise. Não esqueçamos que abril é mês de divulgação dos balanços bancários (primeiro trimestre), o que deve trazer mais emoção aos mercados, visto que as projeções de resultados seguem revisadas para baixo.
Por outro lado, as commodities voltaram a reagir nesta terça, impulsionadas pelos bons resultados previsto da Monsanto, Alcoa e Freeport-McMoRan.
Em função destes bons ventos, na Ásia os mercados fecharam no azul, com destaque para Tóquio (2,0%), e Hong Kong, acima de 6,0%. Já na Europa, na carona do bom desempenho do setor financeiro, as principais bolsas encerraram em forte alta, em função da oferta de US$ 15 bilhões pelo BCE ao sistema bancário. A bolsa de Londres subiu 3,53%; a de Paris 3,49% (4.692 pontos) e a de Frankfurt, 3,24%, atingindo 6.525 pontos.
No Brasil, os boatos desta terça-feira se voltaram para a possibilidade do governo adotar novas medidas para segurar o crédito neste ano. Muito se comentou sobre a redução nos prazos de financiamento, no caso dos automóveis, bem dilatados, podendo chegar a 60 meses. Comentou-se sobre um corte de 50%, o que deve impactar fortemente nas vendas da indústria automobilística.
Em fevereiro, o volume de créditos chegou a R$ 957,6 bilhões, aumentando 27,9% em 12 meses e 1,1% contra janeiro, chegando a 34,9% do PIB, contra 34,8% em janeiro, e 30,9% em fevereiro do ano passado. Segundo o Bacen, o financiamento de curto, médio e longo prazos para todos os tipos de bens é considerado o principal motor para o bom desempenho da economia brasileira. Nesta concessão de crédito, os bancos privados foram responsáveis por 43,9% do total da carteira, seguidos pelas instituições públicas, com 34,1%, e os bancos estrangeiros, com 22%.
Para este ano, as projeções indicam que o volume de crédito bancário deve crescer cerca de 25%, atingindo 40% do PIB. Este volume, no entanto, ainda é menor do que em países como Chile, México ou Estados Unidos. Sendo assim, o que preocupa mesmo o governo é o ritmo de crescimento da oferta de crédito e não o volume existente, embora muitos não considerem isto preocupante. No caso do crédito imobiliário, por exemplo, o volume é pequeno no seu conjunto, embora em boa expansão. Segundo o Bacen, os financiamentos habitacionais atingiram R$ 47,05 bilhões (excluindo grandes empreendimentos) em fevereiro, um volume equivalente a 1,7% do PIB. O saldo dos contratos com pessoas físicas somou R$ 2,54 bilhões, com aumento mensal de 10,1% e de 95,7% em 12 meses.
Além do ritmo de crescimento, outra preocupação é a inadimplência, o que deve colocar as instituições financeiras com uma lupa sobre estes dados. No entanto, para o Bacen, ‘a despeito do crescimento do crédito e da incorporação de novos demandantes que aumentam o risco, a inadimplência está constante, a taxas comportadas há algum tempoâ?.
Nesta terça-feira, o Ibovespa fechou com alta de 2,38%, com 61.234 pontos. O dólar fechou em baixa de 0,86%, cotado a R$ 1,732.
* Julio Hegedus Netto
Economista-chefe
Lopes Filho & Associados, Consultores de Investimentos
julio@lopesfilho.com.br
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