Com vídeo do Talibã, Eduardo Bolsonaro ironiza: ‘Brasil é o país que mais mata gays’

Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Instagram

Filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSL, fez um relação entre um vídeo de uma suposta entrevista com membros do Talibã, grupo fundamentalista que tomou o poder no Afeganistão, com o assassinato de LGBTIAP+ no Brasil.

“Espere até ver o que eles fazem com homossexuais. E ainda tem trouxa aqui no Brasil repetindo discursinho fácil da esquerda ‘ain, Brasil é o país que mais mata gays no mundo’”, ironizou Eduardo ao compartilhar o vídeo em que supostos membros do Talibã riem após a repórter indagar se “eles acreditam em voto democrático, em que as pessoas poderiam votar em mulheres?”.

Relatório da Associação Nacional de Transexuais e Travestis (Antra) de janeiro de 2021 revela que 175 pessoas transexuais e travestis foram assassinadas em 2020 no Brasil. Segundo o estudo, o país lidera o ranking dos países que mais matam transgêneros no mundo há 12 anos.

De acordo com o relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBTs e também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas, uma pessoa LGBT é morta no país. De acordo com a Rede Trans Brasil, a cada 26 horas, aproximadamente, uma pessoa trans é assassinada no país. A expectativa de vida dessas pessoas é de 35 anos.

Já o relatório “Observatório das Mortes Violentas de LGBTI+ No Brasil – 2020”, realizado pelo Grupo Gay da Bahia e pela Acontece Arte e Política LGBT+, de Florianópolis, aponta que pelo menos 237 pessoas morreram por conta da violência LGBTfóbica no ano passado. Sendo que 224 foram homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%).

Os dados mostram que das 237 pessoas que morreram em 2020, 161 eram travestis e trans (70%), 51 eram gays (22%), 10 eram lésbicas (5%), 3 eram homens trans (1%), 3 eram bissexuais (1%) e 2 eram heterossexuais que foram confundidos com gays (0,4%).

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