Com juristas, Haddad chama campanha anti-PT de ‘tentativa de fraude’

Fernando Haddad participa de encontro com juristas. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Fernando Haddad participa de encontro com juristas. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Na presença de vários juristas, como Paulo Sérgio Pinheiro, Cláudio Mariz de Oliveira, Dora Cavalcanti, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e José Carlos Dias que lançaram nesta quinta-feira (18) uma moção de apoio com mais de 1,5 mil assinaturas, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, chamou de “tentativa de fraude eleitoral” as denúncias publicadas sobre a suposta existência de um grupo de empresários que financia o envio em massa de mensagens falsas via WhatsApp. A denúncia foi feita pelo jornal “Folha de S. Paulo” desta quinta-feira.

“O que está hoje nos jornais não são indícios de que houve crime, são provas”, afirmou o candidato. “Não é um problema moral [apenas], é crime. É penal”, disse Haddad ressaltando que vai apresentar denúncias à Polícia Federal e à Justiça Eleitoral para que sejam tomadas as providências.

Ao discursar para os juristas, Haddad detalhou as informações publicadas na imprensa. “Por meio de caixa 2, eles resolveram financiar uma campanha de difamação, de inverdades. Todas as mensagens do WhatsApp foram direcionadas a minha pessoa, com inverdades a meu respeito e a minha família. Eu acho extremamente grave. Eu nunca tinha visto isso acontecer nas campanhas eleitorais.”

Nas redes sociais, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não se manifestou até o momento sobre o assunto.

Denúncias

A reportagem publicada informa que empresas estão contratando o serviço de disparo de mensagens por aplicativo de celular com contratos que podem chegar a R$ 12 milhões. O serviço, segundo o jornal, se vale da utilização de números no exterior para enviar centenas de milhões de mensagens, burlando as restrições que o WhatsApp impõe a usuários brasileiros.

As atividades envolvem o uso de cadastros vendidos de forma irregular. A legislação eleitoral só permite o uso de listas elaboradas voluntariamente pelas próprias campanhas. O financiamento empresarial de campanha também é proibido.

Para Haddad, a difusão de mensagens falsas seria a responsável pelo crescimento das intenções de voto a favor de Jair Bolsonaro (PSL). “Eu temo que a Justiça Eleitoral, inibida pela violência, que a imprensa, inibida pela violência, não cumpra as suas funções constitucionais”, disse.

* Com informações da Agência Brasil

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