O cantor e compositor Chico Buarque, vencedor do Prêmio Camões deste ano, reagiu nesta quarta-feira (9) a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que tem até dezembro de 2026 para assinar o diploma da premiação concedida pelos governos de Brasil e Portugal.
Ao ser questionado se assinaria o documento, Bolsonaro disse nesta terça-feira (8), que a decisão era “segredo”, segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo”. Em seguida, declarou: “até 31 de dezembro de 2026, eu assino”, fazendo alusão a um segundo mandato, já que o seu atual termina em dezembro de 2022.
O valor do Prêmio Camões é de 100 mil euros (cerca de R$ 447 mil) e foi dividido entre Brasil e Portugal. A parcela que cabia ao governo foi paga em junho e a assinatura do diploma pelo presidente é apenas uma formalidade. A cerimônia da mais importante condecoração literária em língua portuguesa está prevista para acontecer em abril de 2020.
“A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo Prêmio Camões”, escreveu o artista que critica abertamente o atual governo e apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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