‘Chega de mimimi. Vão ficar chorando até quando?’, diz Bolsonaro ao criticar o isolamento social

Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR

Durante cerimônia de assinatura de inauguração de um trecho da ferrovia Norte-Sul em São Simão (GO), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social e afirmou que o país deve deixar de lado a “frescura” e o “mimimi”.

“Vocês [produtores rurais] não ficaram em casa. Não se acovardaram. Nós temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, declarou.

“Se ficarmos em casa o tempo todo e dizer que ‘a economia a gente vê depois’. Uma parte estamos vendo agora, o que foi essa política. Qual o futuro do Brasil? O efeito colateral do tratamento errado do Covid, que venho falando há um ano, é muito mais danoso que o próprio vírus”, completou.

Desde o início da crise sanitária, Bolsonaro minimizou o vírus, criticou medidas defendidas por especialistas, como o isolamento social, e defendeu medicamentos que são ineficazes para o tratamento da doença.

O país mais uma vez bateu o recorde de mortes registradas em um único dia, com 1910 óbitos. Pelo quinto dia consecutivo, o país tem recorde na média móvel de mortes –  1.332 – e já está há 42 dias seguidos com média móvel acima de mil. O recorde de mortes anterior ocorreu na terça: 1.641 óbitos, no maior salto da pandemia.

A recomendação de lockdown é feita por especialistas de várias áreas que acompanham a evolução da pandemia no Brasil e no mundo.

O sistema de saúde está operando no limite, situação que levou diversos estados a decretarem medidas de restrição da circulação de pessoas, entre elas o fechamento de serviços não essenciais.










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