Caso Dom e Bruno: PF diz não haver mandante ou facção por trás das mortes

Coletiva de imprensa da PF. Foto: Divulgação

Coletiva de imprensa da PF. Foto: Divulgação

A Polícia Federal informou que a apuração sobre os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips não trazem indícios de ter havido um mandante ou facção criminosa por trás das mortes.

Em nota divulgada à imprensa nesta sexta-feira (17), a PF, que coordena o comitê de crise para investigação do caso, informou também que as diligências continuam e que, apesar de não haver mandante, outras pessoas devem estar envolvidas no crime e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.

Dois suspeitos foram presos e, segundo a Polícia Federal, um deles confessou o crime. Restos mortais que podem ser de Phillips e Pereira foram levados para perícia em Brasília.

Em nota, a União dos Povos do Javari (Unijava) disse que discorda da conclusão à qual chegou a PF. Segundo a entidade, foram repassadas informações sobre organizações criminosas que estariam atuando na região e que poderiam ser as responsáveis pelas mortes do indigenista e do jornalista.

No documento, a União solicita que as investigações continuem e nenhuma hipótese seja descartada. “Exigimos a continuidade e o aprofundamento das investigações. Exigimos que a PF considere as informações qualificadas que já repassamos à eles em nossos ofícios. Só assim teremos a oportunidade de viver em paz novamente em nosso território, o Vale do Javari”.

Vítimas

Dom Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez na manhã de domingo (5), na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares.

O local concentra o maior número de indígenas isolados ou de contato recente do mundo. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios.

O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre essa denúncia.

Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região, e tinha como foco impedir invasão da reserva por pescadores, caçadores e narcotraficantes.

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* Com informações da Agência Brasil

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