Cartão de crédito: evite cair em pegadinhas ao utilizar

Cartão de crédito. Foto: Pikist

Cartão de crédito. Foto: Pikist

As transações via cartão de crédito cresceram 42% no terceiro trimestre de 2021 e movimentaram cerca de R$ 420 bilhões, é o que aponta a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Se por um lado o meio de pagamento é visto como uma possibilidade de respiro financeiro em situações de urgência, por outro é o responsável pelo endividamento de muitas famílias.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a modalidade se manteve como o tipo de dívida mais citada pelas famílias brasileiras no último ano, sendo mencionado por 82,6% dos endividados na média de 2021.

Para evitar contrair dívidas, o consumidor deve ter cautela em seu planejamento financeiro e isso começa no dia a dia. “Evitar realizar compras parceladas é uma das principais formas de driblar o endividamento. Por essa razão, é importante realizar antes as contas para saber se a dívida que pretende fazer está dentro do seu orçamento. Uma dica é se perguntar se o valor pode ser quitado à vista no momento que a fatura chegar. Outra ação simples que ajuda e muito nessa dinâmica é acompanhar os gastos constantemente no aplicativo do seu cartão de crédito”, orienta Andrea Avedissian, brand manager na Zippi, fintech.

Crédito rotativo

Uma das principais formas de endividamento com o cartão de crédito é a utilização do crédito rotativo, que é oferecido pelas operadoras quando o cliente não consegue pagar a fatura por inteiro e desta forma, faz um pagamento parcial ou mínimo da conta.

Funciona como uma espécie de empréstimo a curto prazo e o saldo devedor é deixado para ser pago na fatura seguinte. O rotativo é considerado a modalidade de crédito mais cara do mercado devido a sua série de encargos que encarecem e muito o valor final a ser pago pelo consumidor, para se ter uma ideia, em novembro do ano passado a taxa de juros do cartão de crédito no rotativo chegou a 346,1%.

Uso consciente

Andrea reforça ainda a importância de se escolher um cartão de crédito que atenda bem ao seu perfil como consumidor.

“Existem muitas opções no mercado e é muito importante que antes de adquirir um cartão, a pessoa faça uma reflexão para saber se aquela realmente é a melhor opção. Para os profissionais autônomos, por exemplo, é interessante ter um cartão de crédito com uma fatura semanal com um prazo de pagamento de fatura e juros que acompanha o fluxo de recebimentos no trabalho”, explica a especialista.

Com esse uso consciente, portanto, é possível evitar o endividamento e aproveitar as diversas vantagens que esse meio de pagamento pode oferecer, como a facilidade no momento da compra e aprovação do pagamento quase instantâneamente, a segurança no caso de roubos, auxílio no controle dos gastos com a possibilidade de acompanhar tudo em tempo real por aplicativos e a ajuda em momentos de sufoco quando precisa-se de um dinheiro rápido para comprar algum produto ou serviço.

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