Brasil aplica sete doses de vacina contra Covid-19 a cada 100 habitantes

Vacinação contra a Covid-19. Foto: Marcelo Piu – Prefeitura do Rio

A cada 100 brasileiros, sete já receberam pelo menos uma dose das vacinas disponíveis contra o novo Coronavírus. Em lista com 151 países, o Brasil amarga em 72º lugar em ranking mundial de aplicações de doses de vacinas. Os dados são do “Our World Bank”, base de dados mantida pela Universidade de Oxford.

Em pronunciamento feito em cadeia nacional de televisão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) destacou que o Brasil era o quinto país que mais vacinou em todo o mundo. Dados confirmam a informação, mas são relativos a números absolutos de doses aplicadas.

No total, o país já distribuiu 15,210 milhões da vacina Coronavac, da fabricante chinesa Sinovac com o Instituto Butantan, e da Covishield, desenvolvida pelo AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

Em primeiro lugar em lista de países que mais administraram doses das vacinas, está a ilha de Gibraltar, localizada na Península Ibérica e pertencente ao Reino Unido. O país de 33,718 mil habitantes, segundo dados do Banco Mundial, possui a maior taxa de população imunizada contra a Covid-19, com 160 doses aplicadas a cada 100 pessoas. Os números representam doses únicas e não é relativo ao total de pessoas imunizadas.

Israel (113 doses a cada 100 pessoas) e Seychelles, arquipélago de 115 ilhas no Oceano Índico (92 doses) aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Já na América Latina, o destaque fica por conta do Chile, país que registra 47 doses aplicadas a cada 100 habitantes.

Segundo Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas, a 72ª posição do Brasil na classificação mundial é motivo de vergonha, e a demora em vacinar possibilita que o vírus continue se transmitindo e dando condições para que novas variantes surjam.

A especialista ressalta que o país sempre foi referência em vacinação mundial em larga escala. Para ela, o mundo aguardava os planos do país para a vacinação em massa, mas foi frustrado pela falta de organização no plano nacional de vacinação.

“A vacinação é a única forma de controlarmos a pandemia. Quando nós fazemos uma vacinação vagarosa, permitimos que o vírus circule mais, mais pessoas adoeçam e os números de internações e óbitos cresçam de forma exponencial. Quanto mais o vírus se multiplica, mais chances têm de aparecem variantes que possam vir a comprometer a eficácia da vacina.”

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