Bolsonaro tira máscara e grita com repórter da Globo: ‘Cala a boca’; assista

O presidente Jair Bolsonaro mandou uma repórter da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, calar a boca ao ser questionado sobre não utilizar a máscara de proteção facial durante agenda, em Guaratinguetá, em São Paulo, nesta segunda-feira (21).

O chefe do Executivo acompanhou cerimônia de formatura da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Ao chegar no local, cumprimentou e abraçou apoiadores que se aglomeraram na região sem usar máscara.

Após o evento, Bolsonaro foi questionado sobre não estar usando máscara e sobre ter sido multado pelo governo de São Paulo por não usar o equipamento de proteção em 12 de junho, durante um passeio com motociclistas na capital. O valor da multa foi fixado em R$ 552,71. Irritado, ele reclamou da CNN Brasil pela cobertura das manifestações do último sábado (19) contra o governo.

“Eu chego onde eu quiser, como eu quiser, eu cuido da minha vida. Se você não quiser usar máscara, você não usa”, disse o presidente, aumentando o tom de voz e defendo o tratamento precoce que consiste no uso de medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19.

“Porque você acha que tem que consultar com o Bonner ou com a Miriam Leitão? Para de falar do assunto”, diz ele, tirando a máscara. “Bota agora, estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora? Está feliz agora? Essa Globo é uma merda de imprensa, vocês são uma porcaria de imprensa…”, gritou Bolsonaro, quando a repórter tenta falar mas é interrompida.

“Cala a boca. Vocês são canalhas. Um jornalismo canalha vocês fazem. Que não ajuda em nada. Vocês destroem a família brasileira, vocês destroem a religião. A Rede Globo não presta. É um péssima fonte de informação. […] Você tinha que ter vergonha na cara de prestar um serviço porco desse que você faz na Rede Globo”, gritou, abandonando a entrevista.

Dois detalhes também chamaram  a atenção neste ocorrido. Na imagem é possível ver que a deputada Carla Zambelli também tira a máscara em sinal de apoio ao presidente. Nem mesmo a própria equipe do governo escapou do surto de Bolsonaro, que mandou seu “staff” “calar a boca”.

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