Bolsonaro tenta se eximir da responsabilidade pela crise em Manaus: ‘Fizemos nossa parte’

Jair Bolsonaro. Foto: Ricardo Moraes/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro tentou, nesta sexta-feira (15), se eximir da responsabilidade pela crise da falta de oxigênio para pacientes internados com Covid-19 nos hospitais de Manaus ao afirmar que o governo “fez a sua parte”. Na ocasião, ele também voltou a defender o uso de medicamentos sem comprovação eficaz para o tratamento da doença.

“A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Manaus, terrível o problema lá. Agora nós fizemos a nossa parte, [com] recursos, meios”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, de acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”.

Em seguida, ele voltou a defender o tratamento precoce e o uso da hidroxicloroquina e ivermectina para tratar a Covid-19. As drogas, porém, não possuem eficácia científica contra o coronavírus e o seu uso não é recomendado por entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Hoje, as Forças Armadas deslocaram para lá [Manaus] um hospital de campanha. O ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] esteve lá segunda [11], providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce que alguns criticam ainda. Quem critica não toma, fique tranquilo, se tiver um problema de vírus vai se agravar pela idade. Agora vê o médico e ele vai receitar, pode receitar o tratamento precoce. Se o médico não quiser [receitar], procure outro médico, não tem problema”, declarou o presidente Bolsonaro.

O aumento dos casos e das mortes relacionadas à Covid-19 levou a rede de saúde de Manaus ao colapso. Nesta quinta-feira (14), o oxigênio acabou em diversos hospitais da rede pública e muitos pacientes morreram sufocados por falta de oxigenação.

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