Jair Bolsonaro: ‘Se resolvesse, daria um murro na mesa da Petrobras’

Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro lamentou a alta nos preços dos combustíveis, mas admitiu que a estatal não tinha outra alternativa, sob risco de causar desabastecimento.

“O preço está caro. Tem muito caminhoneiro que vai parar, eu sei disso, lamento, porque não suporta mais essa carga tributária. Precisa de mais petróleo, o mundo cada vez consome mais. O preço vai lá pra cima. E se a Petrobras, que a Petrobras que diz isso aí, não aumentar, teremos o desabastecimento, que é pior que o combustível caro”, disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais.

Bolsonaro ainda afirmou que, “se resolvesse”, daria “murro na mesa” para obrigar a estatal a reduzir os preços dos combustíveis, como algumas pessoas sugerem.

“O Brasil é autossuficiente em petróleo, não precisava estar sofrendo como sofre hoje em dia se não fosse políticas erradas lá de trás. Estamos desfazendo algumas. Algumas querem que eu vá lá na Petrobras dar um murro na mesa e resolva. Não é assim. Se resolvesse até faria, mas não vai resolver, vai piorar a situação. Estamos devagar ou na velocidade do possível buscando alternativas”, disparou.

Bolsonaro criticou ainda as gestões do governo PT e disse que “vai ter problema de combustível no Brasil” e que “não vai demorar”.

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Alta nos preços

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) o aumento nos preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, enquanto os valores da gasolina subiram quase 19%, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.

A alta no preço aconteceu apesar de pressões políticas, inclusive do próprio Bolsonaro, que sugeriu na semana passada que a petroleira diminuísse sua margem de lucro de forma a evitar uma disparada dos valores nos postos de combustíveis.

Bomba de gasolina. Foto: Agência Brasil
Bomba de gasolina. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Para tentar conter a alta dos combustíveis, o Senado aprovou dois projetos nesta quinta relacionados ao tema, um que altera as regras de cobrança do ICMS e zera PIS/Cofins sobre diesel, GLP e biodiesel e outro que cria uma conta de estabilização para os preços. Segundo Bolsonaro, a expectativa é que ele transforme já em lei assim que receber os documentos do Congresso Nacional.

De acordo com o presidente, a nova legislação dará um desconto de 60 centavos no litro do diesel, repetindo o que havia dito mais cedo o ministro da Economia, Paulo Guedes..

A mudança no ICMS, que é um imposto estadual, vinha sendo defendida por Bolsonaro há bastante tempo como forma de conter o aumento dos preços.

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